O Chrome começou a bloquear as extensões Manifest V2, que incluem adblockers populares como o uBlock Origin.
Depois do prenúncio nos últimos dias, em que alguns utilizadores começaram a ver a mensagem de que a extensão uBlock Origin iria ser bloqueada, vários utilizadores estão a deparar-se com o seu Chrome a dizer-lhes que desactivou o uBlock Origin e outras extensões.
O criador do uBlock Origin, Raymond Hill, confirmou a alteração ao fazer retweet um utilizador que recebeu uma notificação do Chrome a informar que a extensão já não é suportada e recomendando a sua remoção. Esta medida não é propriamente uma surpresa, tendo vindo a ser preparada pela Google desde 2019, e de forma mais intensiva nos últimos meses. A Google apresenta-a como sendo uma necessidade de segurança, já que as anteriores extensões tinham total acesso a todos os conteúdos dos sites, fazendo com que extensões maliciosas pudessem facilmente manipular e roubar dados; sendo que o novo Manifest V3 aplica muito mais restrições às capacidades das extensões - com consequência directa naquilo que os adblockers, e outras extensões, podem fazer. (Pessoalmente, não percebo porque não mantiveram aquilo que já existe, que é o de tornar claro, e deixar esse acesso total sujeito a aprovação/permissão por parte do utilizador).
Muitos utilizadores estão a criticar esta decisão e dizem que isto é justificação suficiente para mudarem para outros browsers, com os principais candidatos a serem o Firefox (a eterna "alternativa"), ou o Brave (para quem preferir manter-se com um browser que usa o mesmo motor do Chrome e suporta as suas extensões).
A questão é que, por muitas que sejam as críticas, adblockers como o uBlock Origin têm "apenas" 39 milhões de utilizadores, e mesmo que todos eles decidissem mudar para outro browser, isso continuaria a ser quase irrelevante para a Google face aos mais de 3.4 mil milhões de utilizadores do Chrome. No entanto, também sabemos que estes grandes produtos não terminam de um dia para o outro, mas começam por começar a perder relevância por força de utilizadores que vão recomendando e promovendo outros browsers - no mesmo estilo do que aconteceu quando foi o Chrome a enfrentar o domínio do Internet Explorer da Microsoft. Por isso, apesar desta alteração do Chrome poder não ter impacto imediato, não me surpreenderia se acabasse por ser o ponto de viragem que marcasse o início do fim do domínio do Chrome na web.
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Vou recomeçar a explorar mais o Firefox...
ResponderEliminarpor uma internet aberta, o firefox precisava de força e adesão antes, mas mais vale tarde que nunca. :-D
EliminarSou utilizador do Firefox desde os tempos em que apenas se chamava Mozilla e depois Firebird (ou melhor, antes ainda - desde os tempos do Netscape!!)
EliminarInfelizmente deixei-me levar pelas facilidades da sincronização entre dispositivos da Google... Foi por comodismo que me afastei (não completamente) do Firefox. Mas estou no regresso!
E para piorar tenho reparado que cada vez mais sites estão otimizados para trabalhar apenas com o Chrome ou browsers baseados em Chromium. Por exemplo, no outro dia tentei responder a um inquérito do Instituto Nacional de Estatística e era sempre direcionado para uma página de erro/em manutenção com o Firefox, mas que o Edge já funcionava bem. Adicionalmente, certas janelas de autenticação do Google, como quando se tenta configurar um novo filtro no Gmail, dão sempre erro no Firefox e só consigo avançar com a configuração se fizer login no Edge. É deveras preocupante o risco sério que se corre de em breve a web só ser acessível através de browsers Chromium.
ResponderEliminarUi... Já vivemos isso no passado com o IE da Microsoft...
EliminarQue pesadelo!