ChatGPT afunda Chegg - serviço de assistência a estudantes

O Chegg, serviço de ajuda aos estudos e trabalhos de casa, está a sentir na bolsa o efeito do ChatGPT, com as suas acções a caírem 99%.

Desde o lançamento do ChatGPT, a gigante de tecnologia educacional Chegg perdeu mais de meio milhão de subscritores que anteriormente dependiam da plataforma para ajuda nos trabalhos de casa. Em tempos uma referência para estudantes, a Chegg agora luta para se manter relevante num mercado transformado pelo acesso gratuito a ferramentas AI. Com cada vez mais estudantes a preferirem fazer as perguntas directamente no ChatGPT em vez de pagar pelos serviços da Chegg, as acções da empresa caíram 99% face ao seu valor máximo, apagando 14.5 mil milhões de dólares em valor de mercado.

Apesar de ter tentado adaptar-se, incluindo uma parceria breve com a OpenAI para criar uma ferramenta chamada Cheggmate, os esforços da Chegg não foram suficientes para reverter os danos. Mesmo com tentativas de tornar as respostas mais rápidas e baratas com AI, as perdas de subscritores não pararam. Os estudantes preferem as respostas instantâneas e gratuitas do ChatGPT, com a taxa de utilização da Chegg entre estudantes universitários a cair para 30% neste semestre, enquanto 62% planeiam usar o ChatGPT.

A táctica mais recente consiste em tornar-se em algo mais do que uma simples ferramenta de ajuda a trabalhos de casa, visando "estudantes sérios" com serviços como aconselhamento académico em vez de respostas rápidas. Mesmo mantendo ainda mais de 4 milhões de subscritores, resta saber se esta reformulação será suficiente para os segurar, ou se continuará a perder alunos ao ritmo elevado até se tornar numa das primeiras empresas a ser vítima da era AI.