Transferências instantâneas chegam a Portugal sem custo extra

A partir de agora, a maioria dos portugueses poderá usufruir das transferências bancárias imediatas, sem custo extra.

Apesar de vivermos há quase um quarto de século no século XXI, há sectores da sociedade que parecem insistir em se manter no passado. Era isso que acontecia na banca, onde os clientes e cidadãos eram obrigados a aguardar potencialmente vários dias para efectuarem uma transferência de dinheiro - embora pudessem acelerar o processo para uma transferência imediata, se aceitassem pagar mais por isso. Mas agora, isso muda.

Não se pense que esta mudança é feita de forma voluntária por parte dos bancos nacionais, já que na verdade é uma benesse que apenas chega por imposição das regras da UE. E, tecnicamente, a obrigação não é a de que as transferências instantâneas sejam gratuitas, mas sim a de que os brancos ficam obrigados a disponibilizar as ditas transferências instantâneas ao mesmo valor que as transferências tradicionais. Pelo que, embora a maioria (totalidade?) dos bancos esteja a apresentar esta obrigação como sendo algo voluntário feito em benefício dos clientes, nada impede que possam continua a cobrar pelas transferências, desde que o façam da mesma forma para todas elas.

A verdade é que, há muito que já não era admissível que se mantivessem as transferências lentas, ainda mais sabendo-se que os bancos até foram das primeiras áreas a adoptar as tecnologias digitais (algo que ainda hoje pode ser confirmado por aqueles que ainda mantêm infraestruturas programadas em COBOL). Uma transferência que fosse feita numa sexta-feira à tarde podia ficar em suspenso até à segunda-feira seguinte, e embora isso fosse algo que os consumidores se habituaram a considerar como sendo "normal", na realidade não havia nada de normal nisso, sendo algo que há muito podia (e devia) ser feito de forma instantânea.

Finalmente, e a partir de agora, é precisamente isso que passa a acontecer.