2025/02/10

Os problemas da DIGI em Portugal

A chegada da DIGI a Portugal foi extremamente positiva, mas não significa que não existam problemas, especialmente a nível do apoio ao cliente.

Não é segredo que temos sido grandes defensores e apoiantes da DIGI, que chegou ao nosso país com tarifários imbatíveis e veio obrigar os demais operadores a reverem estratégias. Depois dos problemas iniciais, a DIGI tem evoluído a velocidade elevada a nível de cobertura, mas com esse rápido crescimento tem também sofrido com alguns problemas, particularmente a nível do serviço de apoio ao cliente.

Apesar de não faltarem queixas referentes a todos os operadores no mercado, na DIGI têm-se somado relatos de pessoas que passam dias, ou semanas, sem conseguirem obter resposta do serviço de apoio ao cliente aos seus problemas. Problemas essas que passam por coisas como, ficarem inexplicavelmente incontactáveis apesar do seu telemóvel dizer que têm rede, verem ser cobradas chamadas para serviços gratuitos (como o SNS 24), e outras.

Temos também relatos caricatos, de pessoas que vão de viagem para outros países e querem saber como é a situação do roaming, e que têm obtido respostas do tipo: "pode ir descansado que o roaming está activo, mas não temos informação quanto aos preços". Ora, não se pode dizer que seja muito recofortante dizerem-nos que algo irá funcionar, sem que sequer se saiba quanto é que isso nos poderá custar (assumindo que, de facto, funciona).
Noutros casos, há clientes que desesperam por não conseguir obter qualquer resposta através do My Digi, dezenas de telefonemas para a linha de apoio ao cliente, e por email, só conseguindo finalmente resolver o seu problema após contactarem a empresa através do... Instagram!

É certo que algumas (muitas) destas coisas se podem perdoar parcialmente devido à juventude da empresa no nosso país e a necessidade de se ajustarem a um volume de novos clientes que pode estar a sobrecarregar as suas capacidades. Por outro lado, o serviço de apoio ao cliente é algo que tem impacto crítico na forma como os cliente vêem a empresa, e convém que este aspecto seja revisto e reforçado pela empresa, para que continue a conquistar clientes aos demais operadores.

4 comentários:

  1. Carlos, demais, nesse contexto, é português do Brasil. Restantes.

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    1. Penso que não. Por cá sempre usei assim, e o dicionário "PT-PT" diz o mesmo:
      "quantificador existencial e pronome indefinido" (ex. "nós e os demais presentes fomos testemunhas").

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  2. 'Vejamos, então, o que significam demais e de mais. São quatro as acepções a considerar.

    A. Demais, uma só palavra, pode ser um pronome ou um determinante indefinido, equivalente a «outros», «outras», «restantes». Exemplos:

    (1) «Entraram na igreja só três excursionistas; os demais ficaram a apanhar sol no jardim» (= os outros, os restantes).
    (2) «Daquelas senhoras, uma comeu peixe, as demais comeram carne» (= as outras, as restantes).'

    in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/quando-e-demais-e-quando-e-de-mais/24806 [consultado em 10-02-2025]

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  3. Demais é palavra pouco usada pelas novas gerações, mas quem tem um hábito de leitura e de escrita mais ou menos frequentemente, não estranha.

    É formal, sim, mas usa-se (e bem) deste lado do Atlântico.

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