Portugal inova com AI vegetal eficiente

Investigadores nacionais desenvolveram um novo sistema de inteligência artifical inspirado em plantas, muito mais eficiente que os sistemas tradicionais.

As tecnologias AI têm dominado o sector da informática nos últimos anos, com avanços que se tornam cada vez mais surpreendentes e fazem antever que se esteja perto de atingir a chamada AGI e as Super-Inteligências. No entanto, os processos actuais fazem com que seja necessário ter imensos recursos de hardware, que se transformam em imensos requisitos de energia. Mas, do nosso pequeno "jardim à beira-mar plantado", chegam novidades que podem mudar este panorama.

Um grupo de investigadores nacionais decidiu, ao estilo do que tanto é feito noutras áreas, olhar para a natureza para ir buscar inspiração. Afinal, a natureza torna-se num exemplo perfeito a seguir, mostrando-nos o resultado do milhões de anos de evolução, privilegiando a máxima eficiência. A grande diferença é que, em vez de tentar replicar o funcionamento de um cérebro humano, a fonte de inspiração veio do mundo vegetal, mais concretamente da nossa bem conhecida couve-flor. Se visualmente já poderia haver quem achasse curiosa a semelhança visual desta couve com um cérebro, a grande novidade é que no seu interior se esconde um processo simples de desenvolvimento fractal - um processo que, segundo estes investigadores, pode ser transposto para os modelos AI de modo a aumentar drasticamente a sua eficiência.

Em testes feitos, modelos AI que necessitavam de uma dezena de GPUs dedicados e vários terabytes de memória passaram a poder ser executados num único GPU, possibilitando o acesso a modelos AI poderosos num computador normal. Outro dos aspectos que é destacado é que, devido ao comportamento fractal do sistema, acredita-se que será possível reduzir ainda mais os requisitos de hardware sem que exista perda significativa do desempenho AI, que é o ponto em que os investigadores têm estado a explorar, e que faz acreditar que talvez seja possível colocar modelos AI equivalentes a um ChatGPT a correr localmente em dispositivos como um smartwatch.

Mas, por agora, teremos que continuar a aguardar por esta revolução da AI vegetal, que poderá colocar Portugal em posição de liderança no sector da AI, mas com risco de poder ter uma vida útil perecível já no dia de amanhã.