Provavelmente já todos ouviram esta expressão, criada pelo saudoso Carl Sagan (ah, que boas memórias tenho do tempo em que ficava colado à TV a ver o seu programa, o Cosmos) para descrever o nosso planeta quando visto dos confins do espaço: um minúsculo ponto azul.
Trata-se de uma foto tirada pela sonda Voyager 1, em 1990, a uma distância recorde: mais de 6 mil milhões de quilómetros da Terra. A Terra é aquele pequeno píxel azulado que vemos no centro da imagem (de facto, a Nasa diz que a esta distância, o nosso planeta ocupa apenas cerca de 12% de um único píxel.)
Tendo terminado a sua missão principal, a sonda virou-se para "trás" e começou a tirar fotografias - uma ideia que partiu do próprio Carl Sagan. Quando tirou estas fotografias, a Voyager estava já fora do nosso sistema solar, na área marcada a verde na imagem.
Mas, não foi só a Terra que foi fotografada a esta distância. A Voyager tirou fotografias de todos os outros planetas, criando uma composição conhecida como "retrato de família" do nosso sistema solar.
Apesar do seu aspecto estranho (devido à varição das exposições e filtros utilizados para obter o máximo detalhe em cada caso) esta fotografia dá-nos uma perspectiva única de como o nosso sistema solar é visto do "lado de fora."
Não sei o que vos faz sentir... mas ver que neste Universo todos somos apenas uns meros píxeis num espaço imenso... acho que é algo em que todos deveriam reflectir.
Obrigado por este serviço público de memória
ResponderEliminarÉ verdade, e muitos neurónios já eu queimei só a reflectir sobre este assunto.
ResponderEliminarÉ daqueles temas que nos deixa "pequeninos" quando começamos a pensar à escala cósmica.
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