2011/09/13
Bitcasa - Espaço Ilimitado na Cloud
Os fãs de serviços como o Dropbox e o SpiderOak têm agora um novo serviço que nos promete espaço ilimitado para guardar os nossos os dados em segurança na cloud: o bitcasa.
Qual então o factor que o diferencia dos serviços já existentes?
Ter espaço ilimitado é bom, mas existem serviços de backup que também o fazem: como o Backblaze e Crashplan.
Mas... a grande novidade deste bitcasa é a sua total integração com o vosso dispositivo, e que faz com que não exista um "programa", ou uma "pasta" especial", ou sequer um processo de sincronização com que tenham que se preocupar. Com o Bitcasa, o vosso disco passa a ser a cloud - ou melhor dizendo, passar a funcionar como uma "cache local" do dispositivo de armazenamento real que é a cloud.
Ou seja, sempre que gravarem ou alterarem um ficheiro, este será imediatamente (dentro do possível) actualizado e sincronizado no bitcasa - sem necessidade de processos manuais de upload/sincronização.
(... Finalmente, começamos a chegar ao ponto do "armazenamento unificado" que eu venho a profetizar há anos...)
Para garantir a segurança e privacidade dos dados, toda a informação é comprimida e encriptada localmente, por forma a que nem os funcionários do bitcasa tenham acesso aos vossos conteúdos - embora depois também digam que é possível partilhar qualquer ficheiro, bastando para isso um simples URL.
Por último, o bitcasa diz que conseguirá oferecer tudo isto a milhões de clientes, por apenas $10 mensais. E que o pode fazer usando técnicas avançadas de de-duplicação de conteúdos que lhes permitirão poupar uma gigantesca quantidade de espaço.
O príncípio de funcionamento é: se milhões de pessoas tiverem a mesma música ou um mesmo filme, no servidor apenas será necessário o espaço ocupado por uma única cópia. Mas, uma vez que os conteúdos estão encriptados, as coisas ficam um pouco mais complicadas - mas, dizem os fundadores do bitcasa que é aí que está o seu "ingrediente secreto" que lhes permite fazer isso com uma eficiência nunca antes vista (e o que é certo é que têm dezenas de patentes nessa área).
Actualização: algumas considerações sobre a encriptação usada pelo Bitcasa.
Veremos que tal o bitcasa se comporta assim que for lançado para o mundo... até lá teremos que aguardar: bitcasa beta signup.
[via Techcrunch]
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Não sei como é que vão manter a segurança (encriptação) e a de-deduplicação. O mesmo ficheiro encriptado com chaves diferentes resulta em 0s e 1s diferentes. Se guardam informação (md5sum?) do ficheiro original isso significa que outros (RIAA, MPAA, etc.) podem saber os ficheiros copyrighted que cada um tem (identificadores únicos guardados num server central duma empresa americana ...)
ResponderEliminar@BL
ResponderEliminarHá muitos tipos de deduplicação: o mais "tradicional" seria feito ao nível dos próprios ficheiros (mais simples), mas nada te impede de o fazer ao nível do bitstream (que parece ser aqui o caso) - embora possa ser mais complexo.
No meio de milhões de ficheiros encriptados, se tiveres blocos de alguns KB que possam ser "coincidentes" (e isso poderá ser maximizado usando encriptações/compressões optimizadas para esse efeito), os ganhos podem ser enormes - que é exactamente o que eles argumentam como sendo o seu segredo.
Tenho sérias dúvidas que o espaço ilimitado durante por muito tempo. Até a mozy já acabou com o espaço sem fim.
ResponderEliminarO tempo tem provado que o "ilimitado" termina mais cedo ou mais tarde.
Para espaço "infinito", uso o Tonido. E os discos de 2TB já estão a ficar bastante baratos! ;)
ResponderEliminar@carlos
ResponderEliminara ver se percebi o que queres dizer: Invés utilizar como "unidade base" um ficheiro usas um segmento de bits (bytes) que sempre que for encontrado esse será substituído por um identificador, tipo dicionário de compressão LZW. É isto? Não é mal pensado de todo.
@BL
ResponderEliminarSim, em vez de ser feito no "file-level" é feito no "block/sector-level".
Nas soluções de storage já há sistemas que implementam este tipo de coisa.