2009/09/07

Braidwood, SSDs e Armazenamento Unificado

Para quem está mortinho por experimentar as vantagens dos SSDs mas não está disposto a pagar por esse luxo neste momento, o próximo ano deverá trazer boas novidades.

Lembram-se da famosa Turbo Memory da Intel?


Anunciada em 2005 e lançada em 2006, estes módulos de memória Flash visavam aumentar drasticamente o desempenho dos discos rígidos, servindo de cache para leituras e escritas (um pouco ao estilo do ReadyBoost, mas mais eficiente.) No entanto, os testes no mundo real rapidamente dissiparam o sonho de todas essas vantagens anunciadas, traduzindo-se em ganhos marginais (ou inexistentes) na maior parte dos casos.

Mas 2010 será o ano em que a Intel pretende voltar ao ataque, com uma versão actualizada do Turbo Memory que - dizem eles - será capaz de igualar as vantagens dos discos SSD com um custo muito mais reduzido.

Portanto, preparem-se para ouvir falar bastante deste Braidwood que estará disponível nas motherboards já no próximo ano, com tamanhos de 4 a 16GB.


Todos os melhoramentos serão bem vindos... e se este Braidwood cumprir com o prometido, trazendo as principais vantagens dos SSD ao público... todos nós agradeceremos.



Mas toda esta complicação faz pensar no real problema a que assistimos hoje em dia: o armazenamento dos dados e programas.
Até aqui (e ignorando as caches) um computador tinha duas áreas de dados: a memória RAM, e os discos rígidos.
Com os SSDs, verifica-se que muitas das coisas que eram válidas para os discos rígidos são agora prejudiciais: as desfragmentações, as indexações, a constante re-escrita da última data de acesso, etc.
Claro que os sistemas operativos mais recentes já começam (finalmente) a detectar estes dispositivos e a ajustar-se de forma adequada... mas mesmo assim, ainda há muito por fazer.


Afinal, quem se interessa por saber de onde vêm os dados quando fazemos um duplo clique do rato em cima de um ícon?

Talvez já estivesse em memória, ou em cache, ou num SSD de acesso rápido, ou na cache do disco, ou no disco... ou até num disco externo, ou num outro computador na vossa rede doméstica.... ou até na internet?

A questão é que, acho que estamos a chegar a uma altura onde irá ser necessário "esconder" toda esta complexidade do utilizador final.

Este Braidwood terá talvez essa vantagem acrescida, de obrigar os sistemas operativos a saber tirar o melhor partido dos sistemas existentes, quer seja a memória RAM, uma cache em Flash, um disco SSD, ou qualquer outro sub-sistema. (É uma vergonha que, em computadores com Gigabytes de memória livre, o sistema operativo não seja inteligente o suficiente para usar essa memória!)

Durante anos me habituei a fazer afinações manualmente, distribuindo conteúdos por vários discos num mesmo computador para minimizar acessos concorrentes, utilizando um ramdisk para ficheiros temporários e cache, e vários outros "truques" para garantir o máximo desempenho. Espero que em breve, deixe de ser necessário continuar a fazê-lo...

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