2011/12/27

2012 - o Ano da Morte ou Renascimento do Windows Phone?


A coisa não tem estado fácil para a nova plataforma mobile da Microsoft... os Windows Phone chegaram tarde e a más horas, e embora alguns tentem explicar os motivos do seu insucesso, outros consideram-nos já como sendo um nado-morto por ter chegado tarde demais (e estamos a falar de alguns internautas de influência, como o próprio Robert Scoble).


Sendo eu bastante agnóstico nestas coisas (e não sendo segredo que até achei piada ao "Metro interface" quadriculado do Windows Phone, que será também transposto para o futuro Windows 8), continuo a dar o benefício da dúvida à Microsoft e aos Windows Phone.

Sim, é certo que vão ter que superar um enorme atraso. Sim, cometeram bastantes erros até encontrarem o rumo certo. Mas... é preciso não esquecer que há sempre lugar para inovar... como a Apple bem demonstrou quando lançou o iPhone e destruiu por completo os padrões pré-estabelecidos: olhe-se para a Nokia, como era, e como está.

Certo, o Windows Phone - por muito bom que seja ou venha a ser - não irá oferecer uma inovação desse calibre. Mas... enquanto Apple e Google se apressam a utilizar o seu sucesso nos mobile para se espalharem a outra áreas; a Microsoft pode dar-se ao luxo de já ser um sucesso nessas outras áreas e a precisar apenas de conquistar alguma massa crítica nos mobile.

No mercado dos desktops e ambientes empresariais... é o que se sabe: o Windows está por todo o lado. Em milhões de casas, para além dos PCs, existem as XBox na sala - que tanto servem para jogar, como de media center para ver conteúdos (embora por cá, e inexplicavelmente, a App de YouTube continue desaparecida.)

Com o Windows 8, todo este ecossistema se tornará ainda mais integrado e transparente... e servindo de desculpa perfeita para todos os que pretendam levar essa integração para fora de casa, optando por um Windows Phone. Parece-me que será esse o grande trunfo que permitirá que a MS possa tornar bem sucedido os seus Windows Phone e com isso fazer esquecer o atraso com que chegou ao mercado.
(Sendo no entanto necessário que surjam no mercado equipamentos a preços económicos capazes de competir com os Android de custo médio, na gama dos 200€).

Isto, claro, para além das valências do Windows Phone que, ao integrar de raiz as mais variadas redes sociais, oferece também uma experiência de utilização "social" bem mais ao estilo do que os utilizadores mais jovens pretendem. (Algo que a Apple agora tentou imitar com a integração do Twitter, mas que ainda deixa bastante a desejar, e não é feita com a "profundidade" que existe nos Windows Phone.)

Daqui por um ano... saberemos se tenho razão... ou nem por isso. (Afinal, errar é humano! :)


Actualização: vamos ver se acertamos ou não, Windows Phone - 1 ano depois.

2 comentários:

  1. A ser o renascimento, será o 2º renascimento, porque o Windows Phone 7 já foi ele próprio uma tentativa de renascimento do moribundo Windows Mobile. O problema para a Microsoft está precisamente na dificuldade em criar um ecosistema integrado, quando a sua plataforma informática é tão aberta. Ou seja, todos os outros sistemas móveis funcionam muito bem com o Windows dos desktops, em vários níveis: itunes para windows, microsoft exchange, compatibilidade de ficheiros com o MS Office, compatibilidade com NTFS, enfim tudo isto são standards de facto transversais a qualquer sistema operativo móvel. Coloca-se portanto a questão de saber o que é que a MS pode oferecer de diferenciado com o seu Windows Phone. Só vejo uma coisa que é a integração com serviços da Xbox, mas aí temo que haja 2 mundos que não se interceptam. O mundo do utilizador da Xbox não é de todo o mesmo mundo do utilizador de telemóveis Windows. Ou melhor, não tem sido. Pode ser que venha a ser no futuro.

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  2. A microsoft pode fazer o que bem entender, melhorar o WP7, inovar e coisa e tal, mas enquanto não tiver preços acessíveis não se safa.

    Considero preços acessíveis, telemóveis abaixo dos 200€. Para comprar telemóveis de 500€ já temos os iphone e alguns android que já se sabe o que esperar deles.

    A microsoft quer começar logo a facturar à grande e bem que se lixa... temos pena.

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