Intel Testa Servidores Submersos em Óleo

Os fãs do overclocking já saberão que para além dos sistemas de watercooling e de refrigeração com azoto líquido (estes últimos apenas usados para bater recordes, já que não são práticos para utilização no dia a dia), há um subgrupo que se dedica a manter os seus sistemas dentro de temperaturas aceitáveis recorrendo a uma técnica não menos radical: submergindo-os em óleo. Esta técnica não é nova - já em 2008 por cá falávamos de "computadores a óleo" - mas parece estar agora a atrair a atenção de alguns gigantes da indústria, como a Intel.

A Intel tem testado este sistema em servidores em datacenters, e depois de um ano de funcionamente submerso, todos os componentes foram cuidadosamente analisados... e se verificou que não havia qualquer dano.

Embora a Intel não se esteja a preparar (por enquanto) para "afundar" todos os seus servidores, este é um sistema que eles querem analisar a fundo, já que as suas vantagens a nível de eficiência energética não são de desprezar: um servidor normal arrefecido a ar tem por norma uma PUE (Power Usage Effectiveness) de 1.6 - ou seja, precisa de 60% de energia a mais, por cada Watt consumidor pelo computador, para manter o sistema numa temperatura aceitável; no caso deste sistema de imersão em óleo, a PUE passa para 1.02 ou 1.03, representando uma poupança considerável.

Isto deve-se ao facto de os líquidos serem muito melhores condutores de calor que o ar (e é precisamente por isso que o motor de combustão do vosso automóvel tem um circuito de água e radiador, e não apenas um "dissipador").


Se ficaram interessados e estão a pensar como poderão ter um destes sistemas em casa, há kits de imersão como este da Puget. Mas fica o aviso que sempre que necessitarem meter as mãos no hardware... vai ser uma tarefa bem oleosa... (Na prática, ficam melhor servidos com um sistema de watercooling em circuito-fechado; simples de instalar e sem chatices com reservatórios ou fugas de água.)