2012/10/21

Nissan quer Volante "By Wire" nos Automóveis já em 2013


A tecnologia "by wire" é algo já bastante comum nalgumas indústrias, como por exemplo na aviação, onde os sistemas "fly-by-wire" substituiram os tradicionais componentes de transmissão mecânica. Com esta tecnologia, em vez de actuadores mecânicos que movimentam directamente as parte envolvidas (como os flaps e ailerons), utilizam-se controladores digitais que enviam os seus sinais electronicamente que fazem actuar motores eléctricos que movimentam as superfícies de controlo nas asas.

A grande vantagem deste sistema é que dispensa os complexos e pesados sistemas hidráulicos de controlo, e permite também que os controlos do piloto possam ser "filtrados" por um computador de vôo, que assim pode corrigir e ajustar inúmeros aspectos, milhares de vezes por segundo, e enviar os comandos correctos para múltiplos motores.


Nos nossos automóveis já temos coisas idênticas: por exemplo, nalguns modelos o acelerador já não tem ligação directa ao motor, mas utiliza o mesmo tipo de tecnologia (assim evitando que um "pé a fundo no acelerador" desperdice combustível, adequando a rampa de aceleração apenas ao que o automóvel é capaz de fazer de forma eficiente, etc.)

Mas, em breve poderemos ir mais longe. A Nissan quer que também o volante passe a utilizar a tecnologia "by wire" e assim deixar de estar ligado mecanicamente às rodas, já em 2013!

Antes de deitarem as mãos à cabeça ao imaginar o potencial para desastres em caso de falha do sistema, convém relembrar que existirão múltiplos sistemas redundantes, e que podem até incluir um backup final mecânico, por intermédio de uma embraiagem.

As vantagens nos automóveis também são inúmeras, a começar pelo conforto acrescido - deixaremos de sentir todas as trepidações, lombas e buracos, que agora são transmitidas para o volante - e obviamente... pela segurança. Com um sistema de volante "by wire", o automóvel poderá evitar automaticamente situações de perigo, desviando-se de peões que corram para o meio da estrada mesmo quando o condutor não tem velocidade de reacção suficiente.

Agora é só esperar que não demorem muitas décadas para que estes sistemas comecem a chegar aos modelos mais económicos de gama baixa... Será que tal como aconteceu com o ABS e controlo de estabilidade, também chegaremos ao ponto de este volantes "digitais" se tornarem obrigatórios? :)

(Quando muito pode é acontecer que isso seja absorvido pela proliferação de automóveis autónomos sem condutor!)

3 comentários:

  1. É pá: "deixaremos de sentir todas as trepidações, lombas e buracos, que agora são transmitidas para o volante - e obviamente... pela segurança".

    Não gosto disto, lá se vai o prazer de conduzir.... vejo que a segurança sai reforçada, n corremos o risco de levar com uma coluna de direção, apesar desse risco ser cada vez diminuto, mas existe.

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  2. Eh pah se alguém atravessar a rua a correr o carro desvia-se... Espectaculo... e se vier um carro em sentido contrário?! Ele desvia-se da pessoa e vai bater de frente no outro carro?!

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    1. Penso que um cérebro digital conseguirá avaliar se existem obstáculos e qual a melhor forma de os evitar do que um cérebro humano. Obviamente que continuarão a existir situações "impossíveis" de evitar... mas o objectivo será reduzi-las ao máximo.

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