A confirmação de que os EUA espiam detalhadamente todo o tipo de informações que passam por muitos (todos?) os serviços de internet continua a ter as suas repercussões, e enquanto o Governo vai tentado justificar a coisa, e os diversos serviços vão negando que tal fosse possível ou feito com o seu conhecimento, o mais certo é que nunca se venha a saber verdadeiramente qual a extensão ou até que nível esta monitorização era/é feita. Mesmo que as companhias venham jurar a pés juntos de que não disponibilizavam os dados dos seus utilizadores, para muitos desses utilizadores a confiança nesses serviços nunca mais será a mesma.
Embora seja mais que provável que noutros países existam sistemas idênticos para com as suas empresas nacionais, isso não tem impedido que as pessoas comecem a procurar alternativas aos grandes e populares serviços norte-americanos. E no nosso caso, podemos dizer que estamos em posição privilegiada, pois temos excelentes serviços nacionais que permitem fazer praticamente tudo o que se pode fazer "lá fora".
Não vou fazer de conta que conheço todos os serviços que o SAPO disponibiliza, pois são tantos e variados que por vezes até me interrogo se eles próprios saberão.
Mas, se ficaram chateados/preocupados/desconfiados com a noção de estarem a ser tratados como potenciais terroristas que merecem ser espiados em cada email, foto, vídeo, e site que visitam na internet, talvez não seja má altura para usarem ou experimentarem o SAPO Mail, Calendários, Messenger, Vídeos, Fotos, CloudPT, etc. etc. (caso ainda não os utilizem, claro).
Quem sabe, até poderão ficar surpreendidos com o que vão encontrar... e no caso de se vir a descobrir que também o nosso Governo anda a espiar os serviços nacionais (o que sinceramente duvido, não por falta da sua vontade, mas por falta de meios técnicos para tal), sempre sabemos a que porta poderemos ir reclamar!
Acho bem carlos.. mas... quem te diz que também o SAPO não está sob escrutinio, nacional e ou internacional?
ResponderEliminar"provável que noutros países existam sistemas idênticos para com as suas empresas nacionais
Eliminarpois. a questão é essa.
ResponderEliminarAcho que todos os principais prestadores de serviços de internet americanos (email, voip, etc) sempre disseram que prestavam as informações requeridas pelas autoridades, desde que houvesse mandato judicial.
ResponderEliminarDepois apareceu a Google a dizer que fazia uma grande resistência às autoridades e muita gente acreditou (ou quis acreditar) que era um processo moroso, papel para cá, papel pare lá, com as autoridades afundadas em papelada e burocracia, porque os nossos gloriosos prestadores de serviços de internet não cediam. Talvez sejam assim com as polícias de bairro.
Mas com os serviços de segurança é: "Ó tu (Google, Apple, Microsoft, Facebook, etc) abre aí e deixa aberto um backdoor que queremos ter acesso à informação que está nos servidores. Cada vez que um gajo - que não podemos dizer quem é porque é informação classificada, por isso pode ser qualquer um - enviar ou receber um mail ou uma chamada voip queremos interceptá-la. E passem para cá o algoritmo de encriptação das comunicações, porque isso está tudo muito bem mas é quando não somos nós a inteceptá-las ". Tudo dentro da lei - há uma lei que autoriza, há mandatos judiciais e autorizações do procurador.
Como é cá não sei, mas gostava de saber.
... Já agora, este relatório foi muito badalado.
EliminarComo se pode ver, a Google só não avisa o utilizador sobre pedidos feitos pelas autoridades. De resto faz, tudinho, tudinho para proteger a sua privacidade.
Sempre quero ver como fica o próximo relatório.
https://www.eff.org/who-has-your-back-2013
Já se sabe quem badalou. Tanto segredo, tanto segredo, mas aparece sempre alguém que denuncia a coisa.
ResponderEliminarFoi viver para Hong Kong. Não sei se é só uma coincidência. Há umas acusações oficiais dos EUA sobre ciberataques feitos pelos serviços militares chineses. Pode dar um certo jeito aos chineses criar sérios embaraços aos americanos a nível mundial.
Ou então é outro "soldado Manning" .
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=3264514