Ora vejamos...
Segundo Don Mattrick, presidente da secção de interactive entertainment da Microsoft, a reacção dos jogadores foi ouvida e por isso irão ser feitas alterações significativas quanto ao funcionamento do DRM na Xbox One. Para começar, deixa de ser necessário ter a Xbox One continuamente ligada à internet. Agora, passará a ser necessário ter uma ligação à internet apenas uma única vez ao configurar inicialmente a consola, e a partir daí poderão jogar jogos offline em disco para o resto da vida sem se chatearem mais com a internet (anteriormente, seria necessário ter uma ligação à internet a cada 24h para se poder jogar qualquer jogo).
Os jogos em disco poderão continuar a ser emprestados, vendidos, alugados, tal como acontece com a Xbox 360. (Não impede que os estúdios implementem formas de re-autenticação com chaves de activação como fazem actualmente - para que os compradores de jogos em segunda mão tenham que investir para poderem jogar novamente - mas isso é algo que também acontecerá na PS4). No caso dos jogos via download, também poderão ser jogados em modo offline.
Outra grande novidades: os jogos Xbox One deixam de estar sujeitos a restrições por região. Qualquer Xbox One poderá correr qualquer jogo de qualquer parte do mundo.
No entanto, com estas alterações também surgem algumas limitações: os jogos digitais via download não podem ser emprestados ou revendidos; e jogar jogos em disco irá obrigar a que se tenha o disco no drive (o que será um dos pontos mais "chatos", mas que terá que se aceitar... de outra forma um único disco poderia ser instalado em dezenas de Xbox One offline, e jogado simultaneamente por todos).
Sem dúvida que no futuro estas questões dos DRM continuarão a ser debatidas, e nos levarão - espero eu - em direcção a uma utilização mais despreocupada e justa para os jogadores. Não faz sentido que não se possa emprestar um jogo digital, dá-lo, ou revendê-lo - tal como se faz com as versões físicas. Esse será um passo fundamental para que o mercado do "digital-only" possa substituir o mercados dos jogos físicos.
Da mesma forma, é um bocado ridículo que depois de se instalar um jogo inteiramente no disco interno, se continua a necessitar de meter a "rodela de plástico" no drive. (Pessoalmente, encaro isto como um sério incentivo à "pirataria", não pela vertente de arranjar jogos sem pagar, mas como forma de comodismo para se poder usufruir daquilo que se pagou, da forma como se deseja!) Na prática isto terá o efeito de empurrar muitos jogadores para as versões digitais dos jogos, que assim poderão ser jogados sem discos no drive - e fazendo com que se volte à situação inicial, de não poderem revender/emprestar os seus jogos.
Mesmo assim, penso que se conseguiram bons avanços "pró-gamers": nomeadamente o fim dos jogos diferenciados por regiões; e principalmente... o fim da obrigatoriedade da internet a cada 24h!
Não sei quem no interior da MS teria achado que medidas desse tipo seriam aceites pela comunidade sem "tumultos"; e ao fazê-lo deu uma enorme vantagem à Sony na promoção da sua PS4, que aproveitou esse facto da melhor forma.
Agora a Xbox One terá que recuperar a confiança perdida, sendo este um primeiro passo essencial.
Em jeito de sugestão para o segundo passo: que tal passarem a praticar preços equivalentes aos jogos PC? Como se pode justificar que um jogo para uma consola - que agora, mais que nunca, é um PC - custar 50% mais que o mesmo jogo para PC; agora que nem sequer têm a desculpa de que o desenvolvimento do jogo para a Xbox e PS são "demasiado diferentes" e obrigam a muitos mais recursos? Aprendam alguma coisa com o sucesso dos jogos nas plataformas mobile... e vejam o sucesso de todas as promoções que oferecem jogos a preços substancialmente reduzidos.
Para mim, seria muito mais lógico e transparente que houvessem tabelas bem definidas de preços que indicassem - por exemplo:
- preço do jogo no dia de lançamento: 100€!
- preço do jogo passado duas semanas: 75€
- preço do jogo passado um mês: 50€
- preço do jogo passado três meses: 40€
- preço do jogo passado seis meses: 25€
- ...
E assim cada jogador poderia facilmente decidir o quanto realmente desejava um jogo e quanto estaria a pagar por ele. Sempre era mais simples do que fazer como agora... de não comprar o jogo por ser excessivamente caro, e depois só nos voltarmos a lembrar dele quando por acaso damos com ele a preços "de saldo" inferiores a 10 ou 20€.
Boas Carlos.
ResponderEliminar"No entanto, com estas alterações também surgem algumas limitações: os jogos digitais via download não podem ser emprestados ou revendidos; e jogar jogos em disco irá obrigar a que se tenha o disco no drive (o que será um dos pontos mais "chatos", mas que terá que se aceitar... de outra forma um único disco poderia ser instalado em dezenas de Xbox One offline, e jogado simultaneamente por todos)."
Actualmente é assim que a XBOX 360 e PS3 funcionam, para executares o jogo tens que ter o disco inserido, o que no caso da Xbox 360, se o mesmo estiver instalado no disco, a XOBX 360 apenas valida se o disco está inserido.
Abraço,
NUC.
Eu sei que é assim... mas não devia ser. (Claro que os jogos no PC que dispensam os discos obrigam a activações via internet... bem sei que não há soluções que agradem a todos. :)
EliminarNão é o único passo atrás que a Microsoft tem que dar. Então nos tablets a versão Pro do Windows 8, mesmo vendendo pouco, vende mais que o RT (3,3% no mercado dos tablets, contra 0,4%) ?
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/economia/jornal/microsoft-da-um-passo-atras-para-tentar-seguir-em-frente-26689448
http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/melhorar-o-windows-8-1597830
Agora resta saber se a sony tambem vai manter o bloqueio a jogos usados
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