2013/10/24

Conversor YouTube MP3 pode continuar a funcionar desde que não grave as próprias conversões


Já por diversas vezes temos abordado a questão caricata dos direitos de autor (e direitos dos "consumidores") nesta era de conteúdos digitais e onde a partilha que dantes poderia ser feita entre uma dezena de amigos agora se multiplicou por milhões graças à internet. Hoje, trago-vos um caso que demonstra precisamente o ridículo das leis actuais, e de que como é necessário repensar todo o sistema para que os autores possam ser justamente recompensados, mas sem se tornarem os consumidores em "criminosos".



O site YouTube-MP3 permite que os utilizadores introduzem um endereço de um vídeo do YouTube para que seja convertido em MP3 e descarregado para os seus computadores. E claro está, os defensores da indústria musical, que não gostam nada deste tipo de coisas puseram-nos em tribunal (interessa também referir que há dezenas - ou centenas - de outros sites que fazem conversões idênticas).

E a verdade é que o tribunal deu razão aos queixosos e condenou o YouTube-MP3... mas não pelo serviço que presta aos utilizadores. O ponto crítico da decisão é que o site guardava as conversões já feitas para MP3, de modo a que quando um utilizador pedisse uma conversão de um vídeo já processado, tivesse acesso imediato ao MP3 já pronto a usar. Ora, isso não pode ser.

Resumindo... o serviço pode continuar online e a funcionar... desde que não guarde as conversões feitas!

E agora perguntam-me... mas qual a lógica? Sendo que a única diferença é desperdiçar mais recursos, ao fazer novo pedido ao YouTube, gastar largura de banda, gastar processamento a refazer o que já foi feito, etc. etc. Pois... é isso mesmo que gostaria que me explicassem. Mas pronto, mas vale ter ficado demonstrado em tribunal que um serviço deste tipo pode operar de forma legal, mesmo que com a limitação de não poder guardar as conversões feitas, do que decidirem que um utilizador nem sequer poderia ter acesso a uma conversão para MP3 de um vídeo do YouTube.


P.S. E o YouTube prepara-se ele próprio para oferecer uma modalidade paga para acesso à música.

1 comentário:

  1. Coisa que mais irrita na alemanha: GEMA. Sinceramente, acaba por prejudicar mais os artistas... nunca mais me lembrei ir ouvir o ultimo single que a banda lancou!

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