Não é a primeira vez que se apanham serviços online a praticar preços diferenciados em função da localização do utilizador, se está registado ou não, ou até do tipo de máquina que tem (lembram-se daquele caso em que os utilizadores de Macs levavam com preços superiores aos dos Windows?) mas agora isso parece obrigar a métodos cada vez mais avançados para encontrar os melhores preços.
Os serviços de vendas de bilhetes de avião são dos mais competitivos que há, e por isso mesmo todas as tácticas valem. É normal encontramos sites que dependendo das vezes que já lá foram ver os preços (demonstrando interesse) vão aumentando os preços; ou que vos apresentam preços mais baixos caso detectem que foram ver um site concorrente. É o tipo de táctica que nos faz recomendar o uso do modo "incógnito/privado" do browser, para que se possa comparar o preço quando não têm acesso a este tipo de informação.
Mas no caso do Kayak, um utilizador descobriu que o melhor negócio não passava pelo uso do modo incógnito, mas sim pela utilização de uma VPN que o colocava num local bem diferente do seu local real. Neste caso a poupança foi de cerca de $100 numa viagem de $380, o que é bastante significativo.
Não me parece que o recurso a uma VPN seja algo que o consumidor habitual vá fazer, tentando inúmeras localizações em busca do melhor para tudo o que compra. Mas pelo menos será bom estar consciente destas tácticas, para que nalgumas situações em particular se possa - pelo menos - pesquisar um pouco mais para ver se não se está a ser roubado digitalmente.
Existem inúmeros serviços que permitem aceder a um site sem ter que configurar uma VPN - como o "Hide My Ass", que mesmo em uso gratuito já nos deixa especificar se queremos usar um servidor nos EUA, Inglaterra ou Holanda. Mas, deixo a sugestão para os serviços de comparação de preços; para além de verificarem o preço em múltiplas lojas, talvez esteja na altura de começarem a verificar esses preços simulando que estão a fazer a compra com origem em diferentes países. Nunca se sabe...
Fiz um teste para um voo na EasyJet. Comprar através da aplicação movel e pelo site. Na aplicação móvel apresentam valores mais baixos. No site está mais caro porque já incluem as taxas administrativas (ou lá como lhes chamam), No momento de finalizar a compra, os valores igualam-se.
ResponderEliminarTestei em modo incógnito no chrome + vpn e neste caso nada se alterou. Seja como for, também recomendo limpeza de cookies, vpn e modo incógnito nestas compras... just in case.
Pessoalmente cheguei a verificar algumas vezes a disponibilidade "reduzida" ou "alargada" de bilhetes, no site Edreams e não só, consoante fazia uma pesquisa respectivamente em modo normal ou privado...
ResponderEliminarTudo tácticas para influenciar a compra rápida e ou por preços mais vantajosos para eles...
Outro aspecto a considerar, para quem procura os melhores preços, prende-se com o horário da pesquisa/reserva. O ideal será entre as 5-6h da manhã...
Também já me apercebi de várias discrepâncias de preços em tempo real do mesmo voo/bilhete, consoante o "motor de busca" utilizado.
Claro que o factor principal continua a ser a reserva antecipada, mas essa novidade da VPN é realmente uma coisa a ponderar... :)
Eu estive a ler o artigo original e apesar de apenas se falar de VPNs, o mais correcto não seria Proxys? O que parece afectar e alterar os preços é a localização da pessoa. Neste caso de onde estava o IP. O facto de ser VPN apenas adiciona protecção (encriptação).
ResponderEliminarNa conclusão do artigo é referido o "Hide My Ass" que é na verdade um webproxy com essa mesma finalidade: mascarar a nossa localização.