A comunidade científica está em alvoroço com a detecção das teorizadas ondas gravitacionais, as primeiras provas directas da inflação cósmica após o Bing Bang e que vêm comprovar aquilo que até ao momento não passava de uma teoria.
Já todos deverão conhecer a teoria do Big Bang, derivada do nosso Universo em expansão, e onde logicamente se percebe que se a cada momento o Universo se está a expandir - então invertendo o sentido do tempo teremos um Universo que anteriormente era mais e mais pequeno até que estivesse condensado num único "ponto".
O problema com esta teoria é a de que o Universo não tem idade suficiente para ter o tamanho que tem, sendo maior do que seria possível para a luz percorrê-lo de uma ponta à outra. E isso levou à proposta de que no momento logo após o Big Bang houve um período de inflação cósmica de crescimento exponencial. Algo que, a ter acontecido, teria causado "ondulações gravitacionais" que se teriam feito sentir por todo o Universo... e que foram agora detectadas pelos cientistas (estas ondas já tinham sido previstas por Einstein há quase um século atrás, em 1916).
A equipa que fez a descoberta destas ondas gravitacionais estava bem consciente das suas implicações e por isso mediu e reviu cuidadosamente todos os dados, de forma a ter absoluta certeza das suas conclusões. Foram três anos de testes contínuos onde consideraram todas as outras hipóteses possíveis, e que uma a uma foram sendo descartadas até restar apenas aquela que agora foi revelada publicamente para grande satisfação de Alan Guth, uma das primeiras pessoas a defender a teoria da inflação cósmica.
Ficamos assim a conhecer um pouco mais sobre o processo de criação do nosso Universo, sendo que não haverá falta de muitas mais perguntas pelas quais teremos que aguardar por respostas.
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