2014/03/31

Como (não) seria o Facebook em Realidade Virtual


A compra da Oculus VR pelo Facebook fez com o tema da realidade virtual passasse a ser ainda mais discutido, e rapidamente surgiram algumas tentativas que visam demonstrar como poderia ser um Facebooki em realidade virtual. Este é uma dessas tentativas... que falha espectacularmente por se limitar a transpor aquilo que seria adequado a um ecrã, para a dita "realidade virtual".

No exemplo que se segue vemos um utilizador que a certo ponto vê uma mensagem ao estilo "coloque os seus óculos agora", como vemos nos cinemas ao ver um filme em 3D, e que depois lhe dá a possibilidade ver um produto numa loja, que pode manipular com as mãos para o ver em 3D, e até com uma janela de videochat no canto.


O problema é que tudo isso são coisas que se aplicam aos nossos actuais monitores e não a um mundo de realidade virtual, onde não existe o conceito de monitor, ou de "canto do ecrã". Neste exemplo, nem por uma única vez é feito aquilo que um utilizador com este tipo de produto faz, que é "olhar em seu redor". O mundo da realidade vitual distingue-se de um monitor exactamente por nos permitir olhar para todo o lado, inclusive para o que se passa atrás de nós - e por isso mesmo obrigará a um repensar dos elementos e interface que nos serão apresentados.

É preciso não esquecer que com este tipo de óculos VR colocados na cabeça, coisas tão simples como o rato ou o teclado passam a ser coisas difíceis de utilizar (não poderão olhar para baixo para ver onde eles estão, obrigando a que tacteiem a mesa para os descobrir - e depois os utilizem "às cegas") e que obrigarão a repensar a sua interacção. Enfim... há ainda muito pela frente para ser resolvido - mas o que importará fazer desde já, é não limitar a imaginação sobre o que poderá ser feito com a realidade virtual, senão estaremos perante situações que seriam equivalente ao utilizar vídeo apenas para mostrar fotografias estáticas.

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