2014/03/16

Holanda aprova cartões SIM livres de operador


Os cartões SIM vieram revolucionar as telecomunicações, ao permitir que a identidade de um cliente estivesse associada a um cartão que facilmente podia ser transferido de um telemóvel para outro (em vez de ficar associado ao próprio equipamento), mas há ainda muito por fazer. Agora a Holanda dá o primeiro passo nesse sentido ao aprovar a utilização de cartões SIM sem operador associado.



Embora em tempos fosse possível clonar cartões SIM com relativa facilidade e dar uso aos chamados multi-SIM, um único cartão para o qual podíamos "copiar" diversos cartões SIM, seleccionando qual queríamos usar no próprio telemóvel (era o sonho para todos aqueles que gostassem de andar com um cartão de cada operador no mesmo telemóvel), mais tarde o aumento da segurança dos cartões impossibilitou esse procedimento.

Esta lei que agora foi aprovada na Holanda vai no entanto um passo mais longe, ao permitir a comercialização de cartões SIM sem operador associado - e como tal, que poderão ser associados a qualquer operador!

Poderemos ver isto como o equivalente à portabilidade dos números para qualquer operador... mas ao nível do próprio cartão SIM. Ou seja, podem ter um cartão SIM que hoje utilizam na rede Vodafone, mas que no próximo mês poderão associar ao MEO ou Optimus. Mais interessante ainda, se por algum motivo forem passar umas férias a outro país poderão igualmente associar o cartão a um operador desse país para usufruir de tarifários bem mais atractivos que o que obteriam em roaming.

Isto abre também as portas a que as mais diversas marcas e empresas possam oferecer os seus próprios cartões SIM. As marcas automóveis e de telemóveis poderão fornecer cartões SIM aos clientes, que depois serão associados (automaticamente por eles, ou eventualmente pelos próprios clientes) aos operadores mais vantajosos.

... Vamos lá ver como o resto da Europa reage a esta iniciativa Holandesa, e qual será o impacto que isto terá na forma como lidamos com os operadores (e eles connosco).

12 comentários:

  1. Sinceramente não vejo grande vantagem. Não é o mesmo que uma portabilidade? Se hoje for meo amanhã peço a portabilidade para Vodafone se tiver melhor preço. A única diferença que vejo é que na 1ra abordagem não tem qualquer operador associado, mas logo aí para poder fazer chamadas tem que ir... a uma operadora! Tal como aconteceria se me fosse oferecido um cartão Vodafone pela tal marca de carros e eu quisesse que o cartão fosse optimus. Portabilidade.
    Desde que essa mesma portabilidade funcione bem não vejo motivo nenhum para aderir a um sim "livre"...

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    1. Paulo, também fiquei um pouco descrente dos reais benefícios desta opção, mas depois pensei na portabilidade.... É relativamente fácilmas obriga a ter o cartão do operador e ddeslocação para o ir buscar ou algo do género.... Com este tipo de cartão apenas teríamos de indicar à operadora qual o número do cartão e a portabilidade ou uso do próprio cartão poderia ser automática. Penso serem estas as reais vantagens. Abraco

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  4. Eu vejo grandes beneficios para o
    Uso de contas voip

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  5. Sem carregamentos obrigatorios vai obrigar as operadoras a repensar o modo como estao no mercado

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  6. Mas como é que vai obrigar se para ser utilizado por voip ou de uma outra forma qualquer o cartão sim vai ter que estar registado numa operadora qualquer? Ou será que é um cartão sem estar vinculado a nada e faz chamadas de onde se quiser? Não me parece...

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    1. E sem carregamentos obrigatórios existe n deles no mercado.

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    2. Ainda posso imaginar obrigarem as operadoras a aceitar um cartão "livre" e estas espetavam um tarifário todo simpático tal como o maravilhoso "ao segundo"! Mas mesmo assim há quem adira a este tarifário pois só pagam o que falam desde o 1ro segundo, 10x mais caro mas só pagam o que falam!!
      Mas pode ser que seja eu que estou a ver mal e se alguém me explicar as vantagens serei o1ro a dar a mão à palmatória :-)

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  7. Estas alterações só fazem sentido em serviços/produtos de dados M2M, tal como descreve o artigo, e visa dar mais benefícios/facilidades aos fabricantes do que ao consumidor final.

    Não se pode associar esta nova funcionalidade com a questão da portabilidade, são processos distintos que tecnicamente não se cruzam.

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    1. "Benefícios/facilidades aos fabricantes do que ao consumidor final" Concordo.
      Embora o consumidor final escolherá qual a operadora a utilizar e com isto fica associado a ela (pelo tempo que entender), seja só dados ou também voz. E isto é exactamente o que acontece hoje em dia numa portabilidade. A única diferença que vejo é que o sim, no início, não está associado a nenhuma operadora, mas a partir do momento em que se associe é exactamente igual a outro sim (seja de dados ou não). Ou será que estou a ver mal a questão?

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  8. Se reparares, no artigo fala só sobre fabricantes, em que é vantajoso vender um serviço M2M como um todo. Exemplo: serviço em que um carro troca todo o tipo de informação (dados) com o fabricante agregando vários serviços remotos prestados: localização, diagnóstico, mobilização do veículo etc. Em que o cliente paga esse serviço à marca do carro, e a marca paga o servidor de dados ao operador. A questão é que desta maneira permite a mudança de operador em "bulk" sem necessidade de intervenção no local (neste caso no carro) para mudança de cartão SIM, facilitando assim o processo e é transparente para o cliente. Em clientes ditos "normais" não faz sentido. Trocas o cartão SIM e siga.

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