Pulseiras que são capazes de monitorizar os nossos movimentos e sono são coisas que já temos com fartura no mercado. Esta Nymi, no entanto, oferece uma particularidade não menos interessante: um sensor de batimento cardíaco que pode ser usado para nos identificar. Quer isso dizer que para se autenticarem num serviço bastaria colocarem um dedo sobre o seu sensor.
Segundo os seus criadores, o nosso electrocardiograma é algo tão único quanto as nossas impressões digitais, e embora esta pulseira não o permita recolher com a precisão que obteríamos num hospital, é ainda assim suficiente para garantir a individualidade dos resultados. Para além disso, se estão preocupados com o facto de poderem querer fazer login depois de uma sessão de treino em que estão com o ritmo cardíaco acelerado, a Nymi analisa as variações do ECG e não o seu ritmo.
A ideia é interessante, e penso que no futuro será o tipo de coisa que se tornará cada vez mais comum e diversificada, à medida que vão surgindo mais e mais dispositivos de recolha de dados biométricos, e que poderão ser usados para este fim de autenticação "sem passwords" (ou no mínimo, funcionar como validação adicional "2 step"). Para os que se preocupam com a privacidade dos seus dados, gostarão também de saber que esta Nymi, ao contrário do que é habitual, não precisa de estar ligada "à cloud" para funcionar, nem tão pouco envia os dados para nenhum lado. Os seus criadores esforçaram-se por garantir que os dados de cada pessoa ficam apenas e só a seu cargo.
A Nymi está disponível para pré-encomenda por $79 (quando chegar ao mercado irá custar $99) e tem entrega prometida para daqui a alguns meses.
A ideia parece-me boa mas o diabo está nos detalhes. Como é que esta pulseira vai "falar" com os milhentos dispositivos que requerem autenticação na nossa vida, desde o simples acesso com login e password num site, ao carro, aos pagamentos, etc? Ou esses serviços passam a suportar a pulseira, ou então nada feito... Ou será que estou a ver mal a questão?
ResponderEliminarImagino que tenham vários modos, tipo Yubikey. Por exemplo, para serviços "não suportados", a pulseira poderia fazer-se passar por um teclado bluetooth, e "escrever" a password.
EliminarDá para fazer a reserva e escolher Portugal! Isto seria uma coisa viável por estes lados?
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