2014/03/24
Os ciclos de troca dos Tablets vs Smartphones
Os tablets podem estar a popularizar-se cada vez mais em nossas casas, quanto mais não seja à custa dos pais que querem que os seus filhos estejam familiarizados com estas tecnologias, mas parece haver ainda uma grande diferença quanto à dependência nestes equipamentos - face ao que acontece, por exemplo, com os smartphones.
Quem já tiver saído de casa deixando o seu smartphone em casa saberá o quanto "sofre" ao longo do dia, por vezes até justificando um nada adequado regresso a casa para que se possa reavê-lo. Outro dos factores que mostra nossa dependência em certos tipos de equipamento é o tempo que demoramos a substituí-lo em caso de avaria/perda/roubo.
Nestas estatísticas sobre utilizadores de iPhones, iPads e Macs, vemos que 80% dos utilizadores de iPhones se apressa a substitui-lo rapidamente, em menos de dois dias (95% fá-lo em menos de uma semana) e apenas um pequenas percentagem (2-3%) aguenta ficar mais de um mês sem ele.
Quando se tratas de um iPad, esses valores alteram-se: a quantidade de utilizadores que procura substituir o iPad em menos de 2 dias desce de 80 para cerca de 53%, e quase 10% não têm problemas em demorar mais de um mês a fazê-lo. Valores que são aproximados do que acontece com um Mac... mas neste caso existindo um pormenor curioso, cerca de 3% dos utilizadores já não faz questão de o substituir por um novo.
Já quanto às trocas/upgrades voluntários, também os smartphones levam vantagem, sendo trocados a cada par de anos - especialmente nos mercados em que são populares os contratos de permanência com "oferta" de equipamentos, e onde os dois anos sinalizam o período do contrato. Contrastando com o período de troca de computadores, que se pode estender até aos 4 anos (ou até mais), sendo trocado apenas quando o seu desempenho fica demasiado lento. Já no caso dos televisores, esse período é ainda maior (e assustador para os fabricantes) podendo chegar aos 10 anos - e onde os principais factores de troca/compra têm a ver com a necessidade (um novo televisor para os filhos, por exemplo), ou no caso de representarem uma significativa qualidade acrescida - factor que ajuda a explicar a vontade com que os fabricantes nos estão a trazer o Ultra HD... pois seria um bom motivo para que milhões de pessoas trocassem os seus televisores (embora se tenha a questão dos conteúdos por tratar, que são uma guerra completamente diferente.)
Não me parece que os fabricantes tenham motivos para recear que os consumidores apenas troquem de tablet a cada década. Quanto mais não seja, ao fim de 3 ou 4 anos estarão obsoletos e a necessitar de "reforma". Mas, parece-me também ficar demonstrado que há uma menor "dependência" dos utilizadores neste tipo de equipamentos... pelo que será bom "não abusarem" nos preço.
Revêem-se nesta segmentação do mercado, ou fazem parte do grupo que já não consegue viver sem um tablet diariamente?
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Acho que é mais traumatico para o meu dia-a-dia deixar o tablet em casa, mas isto deve-se mais ao facto de o tablet aguentar apps que o telemóvel coitadinho já nem pesca (Google Keep, por exemplo... :P), no entanto aguento bem sem ambos. Já o portátil é outra história.
ResponderEliminarQuanto a tv, só para ligar a xbox e a wii, mas mesmo assim já devia levar replacement que a resolução já não chega. :( É bem antiga.
Os iPod que há cá por casa e que continuam a ser utilizados:
ResponderEliminar- um iPod de 2004 - 10 anos
- um iPod Touch de 2006 - 6 anos
De facto a Apple tinha que arranjar produtos de maior rotação :)
Mesmo assim, o iPhone mais antigo cá de casa, um 3GS, já vai a caminho dos 5 anos,
No meu caso utilizava smartphones por cerca de 2 anos, mas alarguei esse prazo para 3 anos (2010-2013) na transição do iPhone 4 para o 5s. Já o tablet só animei-me a trocar o iPad 1 com o lançamento do Air e penso que ficarei com este pelo menos uns 3 anitos.
ResponderEliminarEu ando com tudo mais ou menos actualizado visto que ao vender por bom preco os artigos com 1 - 2 anos, a diferenca é pequena e tenho quase tudo recente: Samsung Note 3, iPad Mini Retina, TV Samsung 47F6500, Lenovo u430 Touch.
ResponderEliminarMas como já conversei com vários amigos, cheguei ao limite do necessário: já tenho aparelhos que de tao evoluidos e potentes, preenchem 99.9% das minhas necessidades existenciais e nao vou precisar (salvo malfuncionamento, roubo, etc) de comprar nada de novo nos próximos anos. Todos os aparelhos descritos têm o tamanho, velocidade, ecra, bateria perfeitos para o preciso, e nao preciso de TVs 4k, telemoveis de 8-core e ecras 2 ou 4k, etc etc. Os meus aparelhos permitem acesso a TUDO em Full HD ao ponto de eu nao ver os pixeis, fluído, e bateria de nível muito bom (iPad) a excelente (Note 3).
Os ciclos de mudanca sao muito variáveis, porque depende do grau de avanco do que oferecem e das necessidades da pessoa: antes tinhamos aparelhos lentos, pixeis do tamanho de "sugos" e framerates miseráveis, agora temos pixeis invisiveis, telemoveis que (quase) substituem PCs e daí estarmos perto do "ponto de saturacao". 90% do povo nao quer saber de ecras 4k em telemoveis, nao quer saber do telemovel ter 2 camaras traseiras (HTC One M8 coff coff), nem de ter 20-core. Se um iPhone de 4.7" "retina" por exemplo permite fazer tudo fácil e a 60fps com um dual-core, o resto é conversa.
Eu por exemplo agora estou muuuito mais importado que saia um "Samsung Fit" com MP3 por bluetooth, GPS, frequencia cardíaca, etc etc (a uns 150 euros...) do que com um telemovel 4k com 20-core, camara de 20MP, etc etc.
No meu caso:
ResponderEliminarTV - Troco quando avaria e não justifica arranjar. O meu LCD vai ter de aguentar pelo menos uns bons 10 anos. Aqui não me chateia muito. As 32" chegam para o espaço e os 1080p @ 100Hz chegam perfeitamente. Nada técnico acima disso justifica a compra de outra.
Desktop/Laptop - Troco quando não dá mais. O meu Toshiba A200 dura quase há 7 anos. Ainda chegava para ver uns filmes e para quase tudo o resto que fazia, mas andar com mais de 3Kg as costas todos os dias juntamente com mais uns problemas, fez-me trocar de laptop. Já o Desktop leva uns Upgrades com intervalos de muitos anos. Basta ver que troquei de um Pentium 4 1.7 Socket 478 para um Pentium Dual-Core ;)
Telemóvel - Acabo por trocar a cada 2/3 anos. É algo que me acompanha diariamente 24h por dia. Chega a uma altura que acaba por "cansar". Na maior parte dos casos uma bateria e capas novas resolviam eventuais problemas, mas tendo possibilidad€ de trocar e existindo um modelo que me agrade dentro do meu orçamento, pondero quase sempre a troca.