2014/06/09
Teste de Turing superado por Eugene Goostman
O Teste de Turing é considerado um marco importante para o avanço da Inteligência Artificial, e foi agora finalmente superado pela primeira vez pelo "chatbot" Eugene Goostman.
Já muitas pessoas terão experimentado falar com um chatbot, um sistema automático que responde às nossas mensagens, mas bastarão algumas mensagens para depressa se notarem as limitações do sistema e se confirmar que não é uma pessoa real. O Teste de Turing é superado quando um destes sistemas conseguir enganar os utilizadores, tornando-se indistinguível de uma pessoa real - e foi algo que agora foi conseguido pela primeira vez pelo chatbot Eugene Goostman, um chatbot que se faz passar por um jovem ucraniano de 13 anos.
Embora já alguns sistemas tenham alegado ter superado o Teste de Turing, só agora isto parece ter sido conseguido segundo as regras; sem que os intervenientes soubessem antecipadamente quais os temas que iriam ser discutidos, etc. E mesmo assim, a coisa foi conseguida tangencialmente, com apenas um terço dos júris a ter sido enganado - o mínimo indispensável para o teste ser superado.
Novamente, não estamos (ainda) perante um verdadeiro cenário de "Inteligência Artificial" em que uma máquina pense por si mesmo, mas somente um programa cuidadosamente concebido para ser capaz de enganar os seus interlocutores. Claro que o facto deste chatbot se fazer passar por um jovem ucraniano simplificou em parte o processo, mas demonstra que esta tecnologia poderá criar assistentes virtuais cada vez mais "humanos".
Ainda assim, os investigadores alertam também para que esta mesma tecnologia será inevitavelmente usada para fins menos "benignos", para tentar iludir e enganar pessoas de modo a que se tornem vitimas de cibercrimes e todo o tipo de esquemas, dispensando o uso de "angariadores" humanos reais e assim possibilitando uma fácil massificação e multiplicação destes ataques.
Portanto fica o alerta... quando falarem com alguma pessoa desconhecida na internet, será mais prudente terem em consideração que do outro lado poderá não estar uma pessoa real.
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