Enquanto em Terra se vai lutando pela igualdade de direitos entre Homens e Mulheres, fora do planeta a ausência de gravidade relembra-nos que nada se pode fazer quanto às diferenças biológicas, e que causam efeitos diferentes em astronautas do sexo masculino e feminino.
A NASA publicou um novo estudo quanto aos efeitos da ausência de gravidade e dos voos espaciais em Homens e Mulheres, e por lá revelam alguns pormenores interessantes. Pormenores que adquirem importância crítica quando se trata de planear missões de longa duração que poderão manter os astronautas no espaço durante muitos meses, ou até anos. É que no espaço, não se pode dar um salto a uma farmácia para ir buscar um medicamento, ou ir a um centro de saúde tratar de qualquer problema.
Para além da perda de massa óssea e muscular, que afecta ambos os sexos e que varia bastante de indivíduo para indivíduo independentemente do sexo, há outros problemas que se tornam mais frequentes em cada um dos sexos: por exemplo as mulheres são mais susceptíveis a cancros provocados pela radiação, e por isso têm limites inferiores de exposição; os homens são mais susceptíveis a perder a capacidade auditiva e também sofrer perturbações visuais significativas; as mulheres estão mais sujeitas a sofrerem do enjoo espacial (curiosamente, os homens sofrem mais de enjoo... quando regressam à Terra); os homens sofrem de respostas imunitárias mais fracas que a das mulheres; entre outras coisas.
Uma coisa parece ser mais que certa: depois de milhões de anos de evolução com a gravidade a ser uma constante, a vida num ambiente de gravidade zero terá sempre efeito adverso no nosso organismo. Por isso, é melhor os cientistas começarem a pensar em formas de criar gravidade artificial (através da força centrífuga, por exemplo) e assim resolverem estes problemas biológicos.
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