2014/12/15

BPG quer substituir JPEGs e poupar 50% do tamanho


Para um mundo que vive com uma evolução tecnológica em alta-velocidade, há alguns aspectos que parecem em que parecemos ter ficado parados no tempo. Isso acontece com os formatos de imagem, mas poderá mudar em breve graças a este novo formato BPG que é capaz de ocupar metade do tamanho dos JPEG sem perda aparente de qualidade.

O anacronismo dos formatos de imagem ainda utilizados hoje em dia é perfeitamente demonstrado quando se olha para as pequenas imagens animadas que povoam a web, e que ainda são feitas recorrendo ao "obsoleto" formato GIFs. Mas também os JPEG foram feitos numa altura em que a tecnologia disponível era bem mais limitada do que é hoje, e por isso mesmo há quem tente promover formatos mais eficientes, como o WebP do Google.

Uma tentativa que no entanto tem demonstrado que não é simples mudar os standards... Embora o Google use o WebP em muitos dos seus serviços quando usados com browsers que o suportem, como o Chrome, a verdade é que o formato continua a não ser utilizado pelo público. Mas esperamos que este BPG tenha melhor sorte.

O BPG (Better Portable Graphics) promete imagens de qualidade em tamanhos mais reduzidos que nunca. Na imagem vemos o BPG à esquerda, numa imagem com tamanho de 17.9KB, e à direita vemos como ficaria um JPEG com um tamanho idêntico (com qualidade bastante inferior). Podem ver este e outros exemplos de forma interactiva no site do BPG.




O mais curioso é que este formato não nos chega por parte de uma grande entidade da web, mas sim de um programador independente: Fabrice Bellard. E antes que pensem que será impossível uma única pessoa ter sucesso onde os "grandes" têm falhado, importa referir que ele é o criador dos populares FFmpeg e QEMU.


Na verdade, Fabrice não fez nenhuma grande descoberta revolucionária. Este BPG limita-se a aproveitar a tecnologia usada pelo formato H.265/HEVC para comprimir vídeo, e que vários investigadores já tinham descoberto ser mais eficiente que o JPEG. Este formato também suporta compressão lossless para os casos em que seja necessário garantir que cada pixel permanece inalterado, assim como imagens com transparência e com até 14bits de cor. Por agora, para o usarem na web será necessário recorrer a um descodificador em Javascript, mas seria bom vermos os principais browsers e programas de edição de imagem a adicionarem suporte para ele.

Aliás... resta-nos esperar que o facto deste formato ser proposto por um "independente" possa ajudar que as grandes empresas o adoptem sem as habituais questões políticas que causam entraves aos formatos propostos por qualquer uma delas.

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