2014/12/19

Windows Phone com pagamentos via operador no Brasil e outros países


Comprar apps nos Windows Phone vai passar a ser ainda mais simples em países como o Brasil (e outros), através do sistema de pagamentos que permitirá que o débito seja feito directamente pelo operador de telecomunicações.

Embora a utilização de smartphones se vá alargando a cada vez mais pessoas, a associação dos mesmos a um sistema de pagamento continua a ser uma grande barreira. Com este sistema de pagamento pelo operador a Microsoft contorna isso, vindo confirmar aquilo que eu há muito digo que deveria ser feito: o pagamento é feito pela conta do telemóvel.

Com este sistema os utilizadores não têm que se preocupar com associações a cartões de crédito. Os seus gastos nas compras de apps e conteúdos serão feitos directamente na sua conta de telemóvel (ou crédito no caso dos pré-pagos), promovendo e facilitando essas compras. É uma técnica que não só é simples como é igualmente lógica - os utilizadores já estão habituados a pagar a conta do seu telefone, pelo que usar esse mesmo sistema para cobrar pelos conteúdos adicionais é... o que deveria estar disponível logo desde o início.


Embora o sistema ainda não vá ficar disponível em Portugal (as habituais burocracias dos nossos operadores?) irá ficar disponível no Brasil, China, Índia, Argentina, Espanha, e muitos outros países. E esperemos que também os nossos operadores percebam que só têm a ganhar em facilitar que isto também cá chegue.


Quantos de vocês (que não têm cartões de crédito associados à conta) passariam a considerar a compra de umas apps se o pagamento fosse feito pela conta do telemóvel?

9 comentários:

  1. Já digo isso à bastante tempo!! Todos iriam ganhar com isto... o cliente, pois ia ficar mais pratica a compra das aplicações e outras coisas, sem necessidade de utilização de cartões de crédito, que a meu ver por cá, até nem são assim tão utilizados como nos EUA. As operadoras, porque iriam ter mais circulação de dinheiro, e com isso certamente ganhar dinheiro. E por fim, as appstores, que acredito que iriam ter um grande aumento de compras de app's, que muitas pessoas não compram porque não querem utilizar ou não têm cartões de crédito.

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  2. Qualquer compra de app/conteúdo ou mesmo produto que não seja o operador a vender vai implicar que o operador entregue aqueles montantes ao comerciante. Isso constitui a prestação de um serviço de cobrança em concorrência directa com os cartões e os bancos, logo é óbvio que a operadora vai querer cobrar uma comissão ao comerciante por isso, e portanto voltamos sempre ao mesmo. Por outro lado as operadoras correm risco de crédito ao fazer este tipo de coisas...

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    1. O risco para os operadores é relativo: nos planos pré-pagos, só gastas o que lá tiveres (risco zero); nos pós-pagos, o risco é precisamente o mesmo do que se alguém gastar milhares de euros em chamadas...

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    2. Não, não é precisamente o mesmo. No caso das chamadas o risco da operadora limita-se ao custo operacional das chamadas feitas pelos Clientes, que pode ser até virtualmente zero a partir de um certo limite. Aliás, o custo marginal de uma chamada telefónica é quase zero. Numa chamada de 30 minutos, o custo para o operador do 3º minuto é, por exemplo, 1 cêntimo, mas o custo do 30º minuto quase zero, ainda que a operadora cobre exactamente o mesmo por cada minuto. Quer isto dizer que se o Cliente não pagar uma conta de 1000 euros, o prejuízo real da operadora será apenas uma fracção daquilo, provavelmente 10 ou 15% daquilo.
      No caso do Cliente não pagar através da operadora a compra de um frigorífico de 1000 euros, a operadora vai ter que desembolsar na mesma dos ditos 1000 euros ao comerciante de frigoríficos!

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    3. Esqueces-te dos milhares de serviços de valor acrescentado que existem, e que podem fazer com que uma conta dispare para os milhares de euros? :)

      O risco é o mesmo... Mas de qualquer forma estamos a falar de valores de compras bastante reduzidas: apps, músicas, filmes.... coisas de cêntimos a uma máximo de uma dezena de euros.

      (E certamente haverão sistemas de alerta sempre que forem detectados potenciais sinais de abuso.)

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    4. Para pequenos pagamentos concordo que a solução funciona bem. Mas não me parece de modo algum que possa substituir os cartões em pagamentos maiores. Os riscos associados são muito elevados para empresas que não são instituições de crédito.

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  3. Uma pergunta, o serviço whatsapp debita as anualidades de que forma?

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    1. O whatsapp não cobra anualidades. É grátis.

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    2. Para novos utilizadores é pago (não sei a partir de que data). Creio que a cobrança é feita através das lojas de apps de cada sistema.

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