2015/01/07

Google aposta no Android TV e diz adeus ao Google TV

Todas as grandes empresas têm tentado levar a sua supremacia na área digital para as salas de estar dos consumidores, mas nem todas as tentativas têm sido bem sucedidas. No caso do Google, dá-se por terminada a era do Google TV e aposta-se em força no novo Android TV.

Há anos que empresas tecnológicas e fabricantes de televisores vão tentando encontrar a melhor forma de adaptar estes aparelhos às novas exigências do mundo digital moderno. Do lado do fabricantes assistimos à transição dos simples menus dos televisores para "Smart TVs" com capacidades cada vez mais alargadas - e com interfaces que vão melhorando de ano para ano; do lado de empresas como o Google tivemos a aposta em caixas externas para dar inteligência a qualquer ecrã (e também alguns parceiros que integravam o Google TV directamente nos aparelhos).

Mas a verdadeira batalha pelo domínio dos televisores parece só agora estar a começar verdadeiramente; e ninguém quer ficar de fora.


O Google dá por terminada a aposta no Google TV, optando agora por se concentrar no novo Android TV. Uma nova aposta que já conta com uma quantidade alargada de parceiros (os novos televisores da Sony deste ano já virão com Android TV) e que procurará levar o domínio do Android dos equipamentos mobile para os televisores.



Mas embora o nome Google e a plataforma Android sejam um grande trunfo, não se pense que esta batalha será fácil. A LG tem o WebOS, a Samsung vai levar o Tizen para os seus televisores, e também o Firefox OS está a caminho de alguns televisores. Uma variedade que é saudável... mas que me parece que inevitavelmente se irá reduzir... ou tornar-se irrelevante.

Depende muito de como as coisas evoluírem. Será que a maioria dos consumidores estará disposto a deixar que a decisão do seu próximo televisor seja ditado pelo sistema que utiliza? Como lidarão estes equipamentos com a questão das actualizações em prazos que se estendem bem para além daqueles que temos nos equipamentos mobile?

A mim parece-me que continuará a ser mais seguro tratar um televisor como um mero "ecrã" burro, que seja capaz de apresentar aquilo que lhe for enviado de um dispositivo mobile (ou caixa externa) e que poderão ir sendo actualizados a cada 1 ou 2 anos, do que ficar dependente dessas incógnitas. Mas poderão perguntar a opinião a todos os que apostaram no Google TV... e que agora fica abandonado.

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