2015/03/07

Operador Australiano vai fornecer aos clientes os dados que dá às autoridades (quase)


A cada semana que passa vão-se conhecendo novos abusos que revelam que a nossa expectativa de "privacidade" há muito que deixou de existir. E aos poucos, também os operadores de telecomunicações se vão adaptando a estas novas realidades, como fez um operador de Australiano que vai ceder aos clientes os dados que tem guardado sobre eles... desde que paguem por isso.

A maioria das pessoas poderá não ter noção de enorme quantidade de dados que um operador de telecomunicações tem sobre nós. Não só sabem para quem telefonamos e quem nos ligou (e quando), como também por onde andamos a cada momento do nosso dia. Informações valiosas para todo o tipo de usos: desde o aspecto de vigilância e espionagem, como para efeitos comerciais (entre outros).

Há muito que dizemos que, no estado em que as coisas estão, a melhor solução seria acabar com a falsa noção de privacidade e fazer com que estes dados - sobre nós - nos fossem disponibilizados. Afinal... são os nossos dados e não do operador. Mas conhecendo-se os operadores e a sua relação com os clientes, já se sabe no que isto resultará... O operador Australiano Tesltra vai começar a disponibilizar estes dados aos seus clientes... mas cobrando por isso.

Importa referir que mesmo assim estamos a lidar com dados "censurados". Para além de só podermos pedir os nossos próprios dados, temos apenas acesso aos dados das chamadas que efectuamos e não das que recebemos (informação que eles têm, mas que só disponibilizarão às autoridades).

Houve entidades reguladores à altura, e este tipo de dados deveria estar obrigatoriamente disponível e de forma gratuita para todos os clientes de qualquer operador - e de forma completa. Que sentido faz estar a "censurar" os dados de quem nos telefonou... se nos telefonaram?

2 comentários:

  1. Quanto aos dados de quem nos telefonou até concordo que não sejam disponibilizados. Não temos a direito de saber, por exemplo, onde estava quem nos ligou.

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  2. Quanto aos dados de quem nos telefonou até concordo que não sejam disponibilizados. Não temos a direito de saber, por exemplo, onde estava quem nos ligou.

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