Muitas vezes nos dedicado alguns minutos a imaginar todas as implicações que os veículos sem condutor terão na nossa sociedade, mas enquanto o fazemos "a brincar", há quem o faça muito mais a sério e com base em dados reais - e os resultados não poderiam ser mais reveladores.
Um grupo de cientistas que se dedica a esta questão dos transportes pegou em dados reais recolhidos do trânsito na cidade de Lisboa, e simulou o impacto que a utilização de "táxis autónomos" teria. Os resultados são esclarecedores: seriam necessários apenas 10% dos veículos para manter o mesmo nível de mobilidade que existe actualmente.
Vantagens que se alargariam de forma exponencial quando se considerassem todas as suas ramificações: necessidade de menos estradas, parques de estacionamento seriam desnecessários, mais áreas para os peões (ou áreas verdes), tornando também mais acessíveis os espaços comerciais aos consumidores (que agora se deixam guiar pela "facilidade de estacionamento"); etc. etc. Espaço extra que em Lisboa se estima que seria equivalente a àrea de 210 campos de futebol.
Alie-se isto ao desaparecimento das horas passadas nas filas de trânsito, e começa a ser difícil compreender porque motivo a aposta nestas tecnologias e sistemas não se torna numa prioridade global - não só pela melhoria da qualidade de vida, mas também pela enorme redução de gastos absurdos que actualmente se têm com as filas de trânsito (combustíveis, poluição, etc.)
Claro que haveriam sectores que não iriam apreciar estas mudanças (vender apenas 1/10 dos veículos? vender apenas uma fracção dos combustíveis?) mas... por uma vez que sejam, olhem para o bem da sociedade e do planeta antes de olharem para os lucros. :P
Será que estes veículos estão preparados para se desviarem de toda a variedade de buracos à paisana que temos nas ruas da capital? é que o Português já aprendeu há muito a desviar-se de muitos buracos, só não resulta quando apanha um buraco de orçamento já muito grande e os amortecedores já deram tudo que tinham para dar...
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