2015/07/15

Commodore aventura-se nos smartphones com o PET


A Commodore é uma marca indissociável da história dos computadores, e agora de tempos a tempos lá nos vai recordando que ainda está viva, como demonstra agora com o lançamento de um smartphone com um nome carregado de tradição: o Commodore PET.

O Commodore PET poderá ser um nome desconhecido das gerações mais recentes, mas para quem já ia acompanhando os computadores no final da década de 70 lembrar-se-á bem do Commodore PET, o primeiro computador pessoal integrado "all-in-one" pronto a funcionar.


Enquanto outros computadores necessitavam de monitores, teclados, drives, etc. o PET (Personal Electronic Transactor) vinha com tudo isso integrado na sua caixa, e até contendo inovações como um teclado numérico separado para mais fácil introdução de números. O PET foi feito em contra-relógio para se adiantar ao lançamento do Apple II (que Steve Jobs e Wozniak tentaram vender à Commodore, sem sucesso); e numa altura em que a maioria dos computadores "pessoais" eram quase máquinas experimentais feitas pelos aficionados da electrónica, rapidamente se tornou num sucesso.

Agora o PET regressa à vida sob a forma de um smartphone com ecrã Full HD de 5.5", CPU Mediatek octa-core, versões com 2GB/16GB e 3GB/32GB (ambas complementadas com um microSD de 32GB incluído), câmaras de 8 e 13MP, dual SIM, 4G, Android 5.0 Lollipop e bateria de 3000mAh. Características decentes para um smartphone actual, e que são acompanhadas por dois emuladores pré-instalados: um do Commodore 64, e outro do Commodore Amiga (supostamente versões personalizadas do VICE C64 e do Uae4All2-SDL) - nada como apelar à nostalgia, certo?

Este novo PET será lançado inicialmente na Itália, França, Polónia e Alemanha, com preços de cerca de 270 e 330 euros respectivamente. E não deixará de ter a sua piada comparar este smartphone actual com o PET original que na altura tantas pessoas fascinava, com o seu processador MOS 6502 a 1MHz, 4 ou 8KB de RAM, 18KB de ROM, e monitor de 9" de fósforo azul que podia mostrar 40x25 caracteres. Ainda acham que se evoluiu pouco nos últimos 40 anos? :)

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