Embora a Internet seja algo que já todos consideram existir a nível mundial, na verdade são os EUA que detêm o controlo sobre a rede - algo que poderá estar a terminar, se este plano do ICANN for aceite.
A Internet pode ter nascido nos EUA, mas neste momento será redutor dizer que lhes pertence. Aliás, dar demasiado poder sobre o controlo da internet a qualquer país ou entidade individual constitui um risco demasiado elevado, que é precisamente o que o ICANN quer fazer, depois de ter recebido esse pedido do Departamento do Comércio dos EUA.
Segundo esta proposta, o controlo da Internet passaria a estar a salvo da influência directa de qualquer país, ficando a cargo de um comité que incluiria entidades reputadas da indústria, ensino, e grupos técnicos responsáveis pelo funcionamento da mesma.
A proposta vai ao encontro daquilo que os EUA pretendiam, mas para avançar será necessário que o Congresso norte-americano a aprove (o que não está ainda garantindo). Bem, resta-nos esperar que todos os incidentes com a NSA tenham servido para demonstrar que os EUA não estão propriamente numa posição de pedir a confiança do resto do mundo, e que esta cedência do controlo da internet para uma entidade internacional seria um pequeno passo nesse sentido.
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