O nosso Luis Costa esteve na IFA em Berlim e teve oportunidade de falar um pouco com Neil Hunt, Chief Product Officer da Netflix. Eis o que ele tem para nos contar.
Depois de muitos anos de espera, a Netflix está prestes a chegar a Portugal. Será que isso irá suficiente para satisfazer todas as expectativas que têm sido criadas por um público cada vez mais farto do serviço de TV convencional? Foi o que tentamos descobrir.
O público mais jovem cresceu habituado a ter total controlo sobre aquilo que quer ver, a qualquer momento e em qualquer dispositivo, e os canais de TV já não são capazes de os cativar. Os nossos operadores bem se têm esforçado para dar alternativas, sendo actualmente possível escolher praticamente qualquer programa que tenha sido transmitido nos últimos 7 dias... mas mesmo assim não é suficiente. O que se quer é total liberdade de escolha, e é isso que o serviço da Netflix promete.
Com a Netflix os utilizadores vão poder ver qualquer coisa que queiram (desde que conste no seu vasto catálogo de conteúdos), a qualquer momento e em qualquer dispositivo, dos smartphones e tablets aos PCs, e claro... nas suas Smart TVs. Haverá também lugar a parcerias que podem disponibilizar o serviço Netflix através da própria box dos operadores (algo que a Vodafone já anunciou em Espanha, e que se poderá expandir para Portugal).
Os preços serão idênticos para toda a Europa (lá se vai a esperança de um desconto em Portugal), e a nível dos conteúdos, serão disponibilizados ao mesmo tempo a nível mundial. No entanto, o catálogo varia de país para país, devido às questões de distribuição (bem estamos a lutar pelo fim do geo-blocking.) Para quem tiver televisores UHD, irá gostar de saber que terá acesso aos conteúdos que forem 4K e HDR, com o serviço a ajustar automaticamente a qualidade de imagem em função da largura de banda disponível.
A Netflix também sabe que nem todos deverão ter acesso aos mesmos conteúdos, pelo que é possível definir utilizadores como crianças. Todas as funcionalidades de sugestões personalizadas têm isso em consideração, para que uma criança não se depare com a sugestão de um qualquer filme ou série imprópria para a sua idade - enquanto que para os adultos, estas sugestões será uma excelente forma de descobrirem novos programas que poderiam desconhecer.
A Netflix tem feito uma grande aposta nos conteúdos próprios, e esta expansão mundial não fica imune a essa vontade. A empresa também quer que sejam produzidos conteúdos localmente, que depois serão disponibilizados a nível mundial, o que poderá ser uma excelente oportunidade para os produtores nacionais.
Agora... só falta mesmo esperar por Outubro para que o serviço dê início às operações em Portugal... sem necessidade de recorrer a VPNs.
Vou experimentar o serviço. Estou muito entusiasmado para ver se chega cá com um catálogo jeitoso e se me vai cativar o suficiente para abandonar por completo a subscição de TV
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