Yahoo bloqueia acesso ao email a quem usar AdBlockers

Parece que o Yahoo está a procurar formas de afugentar os utilizadores que ainda usam o seu serviço de email na web; pelo menos aqueles que também usam AdBlockers para bloquear a publicidade. É que se o fizerem, sujeitam-se a ver um aviso que pede para desactivarem o adblocker para poderem ver o vosso email.

O tema dos adblockers tem gerado bastante polémica ultimamente (desde que a Apple incluiu no iOS a opção de se usarem adblockers no Safari, facilitando a sua utilização por milhões de pessoas), e isso já tem levado alguns sites a recorrerem a tácticas anti-adblockers, apresentando mensagens de que só se poderá ter acesso à página se não se bloquear a publicidade. E agora parece que o Yahoo quer aprender com eles, pois também está a apresentar uma mensagem idêntica a alguns utilizadores com adblocker que quiserem aceder ao Yahoo Mail.

Espero bem que isto seja apenas uma consequência secundário de algum teste que esteja a ser feito, e onde os adblockers possam estar a bloquear o acesso a funcionalidades essenciais para o funcionamento do serviço; mas se assim for, será melhor que o Yahoo se apresse a corrigir e rectificar a situação. Pois se não for o caso, e isto estiver a ser feito com o intuito de garantir que os utilizadores vão ver a publicidade que o Yahoo lhes quiser impingir... é da maneira que fica a recomendação para que reconsiderem começar a utilizar outro serviço de webmail que não se sinta tão intimidado pelos adblockers (e/ou usarem o email do Yahoo redireccionado para outro serviço.)

Ainda por cima, há quem já esteja a recomendar ir ainda mais além e não só recorrer aos adblockers, mas sim desactivar completamente a execução de javascript na web. O que não evita o tracking feito via cookies, mas evita muitos outros sistemas de tracking que recorrem ao javascript, e faz também com que os browsers ganhem toda uma outra vida, ao não terem que processar os complexos scripts que existem em praticamente todas as páginas. É uma questão de experimentarem... e verem se aquilo que ganham compensa aquilo que perdem (eventualmente com algumas excepções, pois há sites que não têm qualquer hipótese de funcionar sem javascript, como por exemplo o Google Docs/Drive.)