A ideia de guardar dados em cristais não é nova, mas investigadores conseguiram novos avanços que fazem antever a sua possível utilização comercial, guardando terabytes de dados que terão uma longevidade praticamente infinita.
Vivemos numa sociedade digital que trata os dados como sendo eternos, mas à medida que as décadas vão passando vamos descobrindo que os nossos dados não duram para sempre. Os discos rígidos avariam-se e vão corrompendo informação, os CDs e DVDs vão-se "desvanecendo", e o arquivo de dados verdadeiramente duradouros torna-se numa verdadeira dor de cabeça, que obriga a que esses dados sejam transferidos regularmente para novos suportes para manter a sua "frescura".
Investigadores da Universidade de Southampton estão a trabalhar em formas de manter os dados de forma mais durável, e agora conseguiram novos avanços no seu sistema de armazenamento 5D, que recorre a cristal com estruturas nanoscópicas, que permite criar discos com capacidade para 360TB e que podem manter esses dados para (praticamente) toda a eternidade: estima-se que sobrevivessem durante mais de 13 mil milhões de anos a temperaturas de 190ºC, embora pudessem sobreviver também a temperaturas de 1000ºC.
Não é provável que esta tecnologia vá substituir os nossos cartões de memória a curto prazo, mas é preciso relembrar que em tempos a ideia de ter um disco com leitura laser (CD) também parecia demasiado avançada para ser comercialmente viável... mas veio a tornar-se num dos formatos mais populares de sempre. Por isso, quem sabe o que o futuro reserva para este sistema de cristais 5D?
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