Há muitas pessoas que aguardam ansiosamente pela chegada dos carros sem condutor e a despreocupação de poderem ir para onde quiserem e poderem ocupar o seu tempo com o que quiserem, em vez de andarem a carregar em pedais e segurarem continuamente no volante; mas há muitos problemas por resolver, incluindo a capacidade de condução destes carros em estradas em más condições.
Não é por acaso que as marcas que têm implementado sistemas de condução semi-assistida têm começado por fazê-lo em condições de circulação em auto-estrada e vias rápidas. É que isso simplifica em muito o trabalho a fazer, e permite usar todo um conjunto de pressupostos, como a existência de rails de protecção, sinalização, ausência de peões, etc. Na verdade, muitos destes sistemas que vão funcionando falham com coisas tão simples como estradas cujas marcações estejam gastas, deixando o carro "perdido" (e nem vamos falar do que poderá acontecer naqueles troços em obras, onde temos linhas sobrepostas, umas temporárias, outras antigas, outras novas...)
Estradas em más condições são outro dos pesadelos para os automóveis, onde buracos e outros potenciais obstáculos rasteiros podem pregar grandes partidas aos automóveis e resultar em danos graves - e, conhecendo-se muitas das nossas estradas, já se antevê que o prejuízo fosse sempre a somar.
Para os carros lidarem com estradas em más condições, é necessário dotá-los de mais e melhores sensores, o que vai aumentar o seu custo e complexidade. Câmaras, radar, LIDAR, ultra-sons, tudo isso serve para dar informação ao carro sobre o que tem em seu redor, e quando é bem utilizado, permite fazer coisas incríveis - mas não nos podemos esquecer que um simples LIDAR com qualidade é coisa para custar mais que a maior parte dos automóveis que circulam nas nossas estradas (embora estejam prometidas novidades de baixo custo para breve).
Em suma... os carros sem condutor são inevitáveis... mas bem que poderemos esperar sentados, ao volante de carros com condutor.
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