2016/08/15

Cursos de programação intensiva ou cursos tradicionais - o que garante emprego?


Muitas vezes referimos que a tecnologia vai avançando a velocidade bem superior à de todos os restantes sectores da sociedade; o que nem sempre nos lembramos é que também a educação tem tido dificuldade em a acompanhar.

Nos 3, 4 ou 5 anos que demore um curso de informática, é mais que certo que já terão surgido no mercado novas tecnologias, linguagens, metodologias, etc. Daí que muitas das grandes empresas estejam a optar por ir buscar os seus futuros colaboradores a "boot camps" onde os estudantes dedicam 3 meses em trabalho prático intensivo dedicado a áreas especializadas.

A vantagem destes boot camps é que são bastante mais dinâmicos e podem reagir às necessidades do mercado de trabalho, mas não se pense que é um investimento para qualquer um. Nos EUA, um curso de 12 semanas  - em que os estudantes irão trabalhar em projectos durante 10-12h por dia - é coisa para custar 15 mil dólares. Mas... acaba por ser um investimento, pois mais de 90% dos que terminam o curso conseguem o tão desejado emprego em empresas tecnológicas, com um salário inicial médio superior a 74 mil dólares/ano.

Mas estas empresas também analisam o desempenho e eficácia dos seus colaboradores, e os resultados parecem indicar que, embora as pessoas preparadas por estes cursos estejam aptas a lidar com trabalhos específicos, isso não substitui um curso tradicional, que as deixa melhor preparadas de uma forma global para lidarem com diferentes tipos de problemas.

Talvez por isso não seja incomum ver pessoas com cursos tradicionais frequentarem estes "boot camps", como forma de combinar ambas as mais valias, e assim conseguirem o seu potencial trabalho de sonho.

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