Driver da Nvidia já supera 1GB

Nos dias de hoje, 1GB já não é considerado nada de especial mas... será que faz sentido considerar-se normal que o driver de uma placa gráfica da Nvidia já ocupe mais de 1GB?

Quem me conhece ou acompanha há algum tempo saberá o quanto me irritam as coisas "pouco eficientes". Fico doente ao ver programas que injectam serviços que ficam permanentemente em memória num computador mesmo que só os queiramos executar uma vez por ano; e também tenho desejos impróprios a programas que achem natural encher o disco com mais algumas dezenas de milhares de pequenos ficheiros individuais, que melhor teriam sido agrupados dentro de um só (nem vou falar do caso ridículo de um jogo que decide ocupar o computador com cerca de 50GB de ficheiros de música descomprimida, justificando que é para o PC não gastar recursos a descomprimir algo como um MP3... independentemente do utilizador poder estar a usar o mais potente computador à face da terra, que seria capaz de o fazer sem sequer perder um frame.)

Pois bem, chegamos ao ponto em que os próprios drivers da Nvidia chegam ao ponto de ocupar mais de 1GB em disco, algo que já era previsível face ao seu incremental aumento de tamanho desde... sempre.

Em vez de criar um labirinto de versões diferenciadas para cada placa, a Nvidia optou (e bem, na minha opinião) por criar um driver universal que serve para todas as suas placas gráficas - com excepção de algumas mesmo já completamente obsoletas. A questão é que deveria haver limites para tudo... e ter um driver que já ocupa mais de 1GB deveria ser motivo suficiente para se rever esta opção, talvez fazendo nova ronda de "limpeza", retirando o suporte de algumas das placas mais antigas e passando-as para um driver à parte.

Mesmo com todas as desculpas que se possam fazer de que 1GB não é "incomodativo" hoje em dia, há que não perder a noção das coisas, e de que é possível ter um sistema operativo completo, com ambiente gráfico, em apenas 50MB (sem contar com alguns mais esotéricos, que ocupam apenas 1MB).

É certo que, no final do dia, imagino que o pessoal da Nvidia considere a opção de separar o driver em várias versões, pese os prós e contras, e acabe por deixar ficar tudo na mesma. Afinal, se o próximo driver ocupar 1.1GB, quem é que irá importar-se com isso, se o anterior já ocupava 1GB?

Voltamos ao assunto daqui a 10 anos... quando o driver se aproximar do 1TB... ;P