A DJI relembra-nos que não é só nos smartphones que se assiste a uma guerra sobre quem deverá ter o direito de decidir o que fazer com o que compra, e avança com medidas para dificultar o uso de firmwares alterados que removem as limitações e restrições de voo.
Quem compra um drone da DJI depressa descobre que o mesmo conta com um sistema que automaticamente impede que o drone voe em determinadas zonas (como na proximidade aeroportos e bases militares), o que por uns é encarado como uma preciosa ferramenta que evita situações problemáticas feitas por desconhecimento, mas por outros é considerado como um abuso sobre o seu direito de usarem o seu drone como bem entenderem.
Onde há procura rapidamente aparecer oferta, e no caso dos drones da DJI não demoraram a aprecer grupos a disponibilizar (leia-se: vender) firmwares alternativos que removem todas essas restrições, permitindo que o drone voe em qualquer local, supere a velocidade máxima e acelerações oficiais, etc. etc. (mais recentemente também já começaram a surgir versões gratuitas destes firmwares não oficiais). De certa forma, pode ser equiparado ao "jailbreak" dos iPhones... mas tal como a Apple, a DJI não está muito contente com estas alterações, e está a fazer alterações no sentido de dificultar a utilização de firmwares alternativos.
Olhando-se também para o caso da Apple, a DJI certamente estará consciente de que será praticamente impossível conseguir acabar com esse mercado de firmwares alterados (bastando haver pessoas que continuem a estar dispostas a pagar para ter um drone sem limitações), mas ao dificultar o processo, poderá fazer com que pessoas que estejam interessadas nisso possam optar por drones mais fáceis de alterar... ou que até nem tragam qualquer tipo de restrições - e assim, evitar ser conotada com situações indesejadas, como drones a voar em zonas interditas, ou a serem utilizados para transportarem drogas para prisões, etc.
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