2017/08/03

Sony e IBM criam cassetes de 330TB


A quantidade de informação gerada é cada vez maior, e por isso é também necessário encontrar novas formas de a armazenar... mesmo que isso signifique utilizar um dos métodos mais antigos: as fitas magnéticas.

Numa altura em que já não se vive sem um SSD poderá parecer estranho que ainda haja quem esteja a explorar armazenamento em fita magnética, mas há muitas aplicações onde o factor essencial é o custo por gigabyte e o volume ocupado, e será para esses que se destina esta potencial nova cassete de 330TB criada pela Sony e IBM.

A Sony e IBM conseguiram criar uma fita capaz de armazenar 210 gigabits por polegada quadrada, o que permitirá criar cassetes de tamanho reduzido com capacidade de 330TB. É um valor que supera amplamente tudo o que se tem actualmente (os maiores discos disponíveis actualmente são o SSD de 60TB da Seagate e o disco de 12TB da HGST, com volume superior ao de uma cassete de dados) e as actuais cassetes ficam-se pelos 15TB de capacidade... pelo que o salto evolutivo é significativo.



De forma simplificada, esta nova fita acaba por contar com tecnologia idêntica à da superfície de um disco rígido, mas em formato de fita - e a própria cabeça de leitura também é equivalente à de um disco rígido, com capacidade para se posicionar e acompanhar as pistas de leitura/escrita com a precisão necessária para lidar com a elevada densidade de informação.

Dito isto, não é provável que se vejam casseetes de 330TB no mercado a curto prazo. Bastará ver que em 2014 já se tinha tecnologia para criar cassetes com 154TB e no entanto ainda só temos acesso (comercial) a cassetes com 15TB...

3 comentários:

  1. E a leitura/escrita de dados nessa tape demora quanto tempo? dias? Semanas? Não creio que seja pratico de usar a nível empresarial.
    Ninguém vai querer esperar dias pelo restore de dados, é incomportavel.

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    1. Para o chamado "cold storage", o tempo de acesso torna-se irrelevante caso disponibilize um $/GB bastante inferior ao de outros métodos.

      Imagina alguém como um fotógrafo que acumula terabytes de fotos e vídeos, mas que depois de ter feito um trabalho, dificilmente voltará a olhar para aquilo a não ser num caso excepcional... poderia muito bem guardar esses dados em algo assim, sabendo que se um dia precisar, estariam disponíveis - mesmo que tivesse que esperar 10 ou 15 minutos para ter acesso a esses dados.

      Por exemplo, no Amazon Glacier o acesso demora (no modo normal) entre 3 a 5 horas...

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  2. Ou então o caso em que empresas tem guardar registos e dados durante 5 a 10 anos para efeitos legais e regulatorios. Só vao precisar de ir buscar os dados quando aparecer uma auditoria

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