Um engenheiro da Meta diz que a empresa realiza testes abusivos no Messenger que prejudicam os utilizadores, sem lhes dar conhecimento ou forma de os desactivarem - e que isso levou ao seu despedimento.
George Hayward era um data scientist ao serviço da Meta, mas que diz ter sido despedido depois de se ter recusado a participar em "testes negativos", um tipo de testes que tenta simular utilização imprópria das apps para avaliar o seu comportamento. Isto porque, segundo o próprio, este tipo de testes pode resultar em efeitos adversos nos smartphones dos utilizadores, como excesso de utilização do CPU, aquecimento excessivo, e também consumo excessivo de bateria. Um consumo que poderá deixar os utilizadores sem carga no smartphone em cenários de emergência que, se não fosse este tipo de teste, ainda lhes permitiria utilizar o smartphone.
Aparentemente, nenhum dos seus superiores esteve receptivo às suas preocupações, e acabando por resultar no seu despedimento - que posteriormente resultou num processo do mesmo contra a Meta, que visava dar visibilidade acrescida a esta prática.
Mais do que os testes em si, em que já sabemos que somos continuamente usados como beta testers, o ponto que se poderá criticar é o facto disto ser feito sem qualquer indicação para os utilizadores, nem qualquer opção que lhes permita dizer que não querem fazer parte deste tipo de testes. Isto seria algo mais adequado para os programas de beta testers, em que os utilizadores já estarão implicitamente preparados para enfrentar esse tipo de comportamento das apps. Mas, se a Meta prefere fazer as coisas à força, a solução do lado dos utilizadores passa por utilizar as opções do sistema para impedir que a app seja executada em background, assim impedindo que possa ter impacto significativo enquanto não está a ser utilizada directamente.
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