Tendo perdido o protagonismo na área da AI para o ChatGPT, a Google recorre às promessas do CEO da DeepMind para ir ganhando tempo.
Ninguém duvida das capacidades da Google no avanço dos sistemas de inteligência artificial, que conquistou vitórias históricas nos últimos anos - como a vitória no Go. No entanto, a transposição dessas melhorias para produtos acessíveis pelo público tem demorado, e isso permitiu que a OpenAI conquistasse essa posição com o lançamento do ChatGPT. Um lançamento que foi rapidamente aproveitado pela Microsoft, e que deixou a Google ficar para trás e a entrar em modo de emergência para fazer aquilo que deveria ter feito (mas não fez) nos últimos anos.
Agora, enquanto vai tentando recuperar, a Google tem que recorrer à velha táctica de prometer o que ainda não tem, com o co-fundador e CEO da DeepMind, Demis Hassabis, a dizer que estão a trabalhar num novo sistema que irá eclipsar o ChatGPT, tirando partido de tecnologias que foram utilizadas no AlphaGo e outros modelos AI que foram desenvolvidos.
É uma mudança de táctica, já que normalmente a DeepMind impressionava o mundo com a concretização e demonstração dos modelos AI. Agora, em vez de o demonstrar, fica apenas a promessa. Promessa que acaba por ser inconsequente, pois já será implícito que todas as empresas, incluindo a OpenAI, também estarão a trabalhar em novos modelos AI que eclipsarão todos os modelos existentes. Mais do que falar e prometer, há que o demonstrar, e não apenas com modelos AI que ficam fechados nos laboratórios, mas com produtos reais que possam chegar ao público em geral.
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