Depois das apressadas reacções iniciais, em que muitas escolas se apressaram a banir o ChatGPT com a justificação de que facilita o trabalho dos alunos - facilmente produzindo os "trabalhos de casa" com um simples pedido (apesar de nada assegurar que o trabalho fique bem feito ou isento de erros) - várias escolas têm estado a mudar de posição.
Escolas e professores começam a admitir que o ChatGPT, e outras ferramentas AI, continuam a ser meras ferramentas e que, como tal, será mais proveitoso que sejam exploradas da melhor forma. Em tempos, fazer uma pesquisa sobre qualquer tema obrigaria a que uma pessoa se deslocasse fisicamente a uma biblioteca, e esperasse que a mesma tivesse livros adequados sobre o que se desejava (e que o livro estivesse disponível); algo que hoje em dia pode ser, na maioria dos casos, obtido através de pesquisas na internet.
No caso de ferramentas como o ChatGPT, é certo que pode ser usado para "fazer os trabalhos de casa", mas será redutor olhar para estes modelos AI dessa forma. Estes mesmos modelos também se revelam extremamente valiosos a condensar informação extensa num resumo, ou até explicar tópicos complexos usando linguagem mais acessível e compreensível - e de forma interactiva, respondendo às dúvidas de cada utilizador.
Agora será uma questão de tempo para ver se esta aceitação e compreensão se irá alastrar e tornar "comum" entre as escolas.
Espero, acredito, que depois da hype inicial, e, atendendo às limitações atuais da maioria dos sistemas de AI, que não se esqueçam que o analógico e o manual também são ferramentas. E que primeiro há que saber fazer e como fazer sem as ferramentas e só depois as introduzir.
ResponderEliminarUm pouco como com o uso da calculadora digital, que é ou deve ser introduzida depois de se saber fazer as operações matemáticas e a tabuada sem o uso da mesma. Saltar etapas não costuma dar bons resultados lá na frente.
Pensamento critico, elaborar teorias fora da caixa e questionar tudo não deve nunca ser desvalorizado ou despromovido em ambiente escolar.