A Meta vai deixar de pagar aos grupos editoriais e remover a secção de notícias do Facebook - dizendo que as pessoas preferem ver shorts.
Depois de ter apaziguado os grupos editoriais com acordos com grupos editoriais em que pagava milhões para poder mostrar notícias no Facebook (nalguns casos com isso a ser imposto por lei, com as "taxas dos links" para poder exibir os pequenos excertos dos previews das notícias), a Meta vem agora dizer que não se justifica estar a pagar por algo que os seus utilizadores nem sequer utilizam.
A Meta diz que as notícias representam menos de 3% do que os seus utilizadores vêem nos seus feeds, e que a maioria deles prefere passar o seu tempo no Facebook a verem vídeos curtos do que notícias. Como tal, a secção de notícias vai desaparecer do Facebook, tendo já sido removida no Reino Unido, França e Alemanha, e no próximo mês desaparecendo também nos EUA e Austrália.
No meu Facebook não aparece, mas nem posso dizer se alguma vez lá esteve - uma vez que raramente abro a app. Seja como for, não deverá demorar muito tempo para que os grupos editoriais voltem à carga com novas queixas de que deveriam receber pelos links partilhados das suas notícias. Mas com todas as ferramentas AI a gerar ainda mais excesso de conteúdos, e o desinteresse da maior parte das pessoas - mais interessada em ver os vídeos curtos do TikTok e réplicas nas outras plataformas - desta vez poderá ser difícil encontrarem quem esteja disposto a pagar por isso.
Não será coincidência que a Meta anuncie isto numa altura em que a primeira vaga de acordos feitos com grupos editoriais nos países onde isso foi exigido, estejam prestes a expirar, e não esteja desejosa de os renovar (só na Austrália, eram 70 milhões de dólares por ano).
Actualização: a Austrália diz que processará a Meta se deixar de pagar pelas notícias.
2024/03/01
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