A Precision Neuroscience, cofundada por Ben Rapoport, um dos fundadores da Neuralink, pretende usar a sua interface cérebro-computador (BCI) para restaurar a fala e os movimentos em pacientes, especialmente aqueles que sofreram derrames ou lesões na medula espinal. Ao contrário dos seus concorrentes, a Precision foca-se em ser o menos invasiva possível. O dispositivo da empresa fica em cima do cérebro, em vez de o penetrar, usando uma película que é um quinto da espessura de um cabelo humano, com 1.024 eléctrodos embutidos.
Em Abril, uma equipa de neurocirurgia do Mount Sinai Health System colocou um dos dispositivos da Precision com quatro películas —totalizando 4.096 elétrodos — no cérebro de um paciente durante uma cirurgia para remover um tumor cerebral benigno. A operação permitiu registar com sucesso a actividade neuronal numa área de 8 centímetros quadrados, marcando novo avanço na tecnologia de interface cerebral. A alta densidade dos eléctrodos melhora a capacidade de mapear a actividade dos neurónios, ajudando a converter os pensamentos em acções.
O avanço da Precision Neuroscience na densidade de elétrodos para interfaces cérebro-computador marca um passo crucial para entender e interagir com o cérebro humano. Com foco na segurança e mínima invasividade, vem também mostrar que as potenciais aplicações deste tipo de interfaces não está limitada à solução proposta pela Neuralink. A Precision espera ter o seu primeiro dispositivo comercial disponível até 2025.
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