2024/07/10

Ariane 6 voa pela primeira vez

Depois de muitos atrasos, o Ariane 6 teve o seu lançamento de estreia bem sucedido.

O Ariane 6 visa dar continuidade aos foguetes europeus, sucedendo ao Ariane 5 e com a promessa de reduzir os custos de lançamento para metade. No entanto, o projecto sofreu muitos atrasos - originalmente estava planeado que voasse pela primeira vez em 2020 - que até fizeram com que recentemente se assistisse à "traição" do futuro satélite meteorológico europeu, que trocou o Ariane 6 pelo Falcon 9 da SpaceX.

O lançamento visava apenas servir de demonstração, mas transportou nove cubesats para órbita, mas falhou numa reignição em órbita que se destinava a posicionar duas cápsulas que iriam recolher dados da reentrada.
Apesar do Ariane 6 ter dezenas de voos já encomendados, a grande questão é saber se realmente é economicamente viável face aos foguetes reutilizáveis da SpaceX. Os preços anunciados parecem ser competitivos com os do Falcon 9, mas escondem centenas de milhões em subsídios dos diversos países europeus (parece que, aquilo que não aceitam para os carros vindos da China, é perfeitamente válido para as empresas europeias).

Por outro lado, o Ariane 6 tem a justificação de existir para não deixar a Europa sem capacidade de chegar ao espaço sem ter que recorrer a empresas de outros continente. Como bem sabemos, as relações internacionais podem mudar de forma bastante rápida.

O Ariane 6 terá duas variantes, o A62 que foi lançado e que tem dois boosters (SRB), e o A64 que terá quatro boosters, com capacidade de envio de 11.4 toneladas e 23.8 toneladas respectivamente.

2 comentários:

  1. Se não estou em erro a SpaceX também recebeu dinheiro dos EUA, por isso é ela por ela... E a independência não tem preço, não se pode depender do Elon depois dele ter desativado o Starlink aos ucranianos.

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