A era das fotos com os estranhos efeitos das câmaras com rolling shutter pode estar perto do fim. Há mais de uma década abordávamos esta questão do que são as câmaras com rolling shutter vs global shutter, em que, basicamente, as primeiras fazem o varrimento do sensor de imagem sequencialmente, linha por linha, pixel por pixel (ao estilo do varrimento de um monitor CRT antigo), e as segundas conseguem captar toda a informação do sensor de uma só vez.
O efeito prático é que estas últimas conseguem congelar uma imagem no tempo tal como ela é, enquanto o rolling shutter fica sujeito a fenómenos curiosos quando se captam coisas a mudarem a alta-velocidade (como ventoinhas, hélices, ou - menor grau - até simplesmente uma foto tirada de um carro em movimento), já que os objectos irão mover-se durante o tempo em que está a ser feito o varrimento do sensor.
Há relatos de que a Samsung está a criar um sensor "global shutter" para smartphones, a pedido da Apple. No entanto, há alguns compromissos, para manter o tamanho do sensor compatível com os requisitos dos smartphones, a Samsung vai agrupar conversores ADC (analógico para digital) não em todos os pixeis mas em blocos de 2x2 pixeis. Isto permite reduzir significativamente a quantidade de ADCs no chip (apenas 25% do total). Em contrapartida, embora a imagem global seja captada de forma instantânea, cada bloco de 4 pixeis continuará a ficar sujeito a um "mini-efeito" de rolling shutter. Mas, além disso ser em muito menor grau, a Samsung diz que aplicará sistemas de correcção que virtualmente eliminarão esse efeito.
Note-se que, até nas imagens com rolling shutter pronunciado, há sistemas que permitem fazer a correcção dessa distorção.
É de esperar que estes sensores sejam estreados em futuros iPhones da Apple e também no modelos de topo da Samsung.
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