2010/10/25

Walkmans - o Fim de uma Era

É oficial! A Sony deixou de fabricar os míticos Walkmans de cassetes.



Interrogo-me quantos dos jovens actuais saberão sequer o que é uma "cassete"... E verdade seja dita, estes Walkmans terem resistido por mais de 30 anos é, por si só, um milagre tecnológico. (Alguém imagina que ainda teremos DVDs ou Blurays daqui por 30 anos!?!)

É certo que o nome Walkman perdura: em modelos de CDs, MDs, e leitores MP3. Mas, como quem já por cá andava nas décadas de 70 e 80 sabia, o "original" era mesmo o Walkman de cassetes.

Numa altura em que a alta tecnologia áudio se media em coisas como o auto-reverse, ou... nos decks topo-de-gama, as tampas motorizadas que se abiram e fechavam sozinhas, a par das cópias de alta-velocidade, o Walkman era sinónimo da nossa música em qualquer lado.

Em vez dos volumosos rádios portáteis com deck de cassetes (que comiam daquelas pilhas "grandalhonas" como sei lá quê), era agora possível ter um leitor pouco maior que a própria cassete.

Obviamente que não era para todos... Lembro-me que estes Walkmans da Sony não eram nada baratos - e só vários anos depois é que finalmente pude receber uma coisa semelhante... um Crown, se não estou em erro.
Seja como for, muitas cassetes passaram pelo meu velho "walkman da concorrência"... embora na maior parte das vezes ficasse em casa, pois não queria levar uma peça tão valiosa para o exterior. :)

Era a década das compilações e mix-tapes, em que cada cassete era ouvida incontáveis vezes e memorizada ao pormenor. Coisa que agora terá sido perdida... já que se torna possível ter praticamente todas as músicas da mundo à distância de alguns cliques.

... Ou então é apenas a nostalgia a falar... :)

6 comentários:

  1. Não é nostalgia é, realmente, um facto, Carlos. Consumia-se música de outra forma: deixava-se que fosse a própria música a consumir-nos. Esperávamos semanas para que nos trouxessem aquele novo disco que alguém lá da escola tinha conseguido copiar para uma cassete, porque tinha a sorte de ter um primo mais velho que tinha comprado.

    Muitas mixtapes gravei eu para -- aquelas que me pareciam -- as mulheres mais bonitas e tentava "cativá-las" pelas minhas escolhas musicais.

    Eu tive 4 diferentes walkman e aquele que funcionou pior foi um de alta tecnologia da sony com ecrã digital -- que durou 2 meses e a loja onde eu o tinha comprado tinha fechado. Foi um drama de tal forma que saltei para os discman. :)

    Ah!, bons velhos tempos em que escrevíamos coisas como K7 no rótulo das cassetes. Obrigado pelo post.

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  2. O que eu vibrei quando me ofereceram o meu Walkman Sony de cassetes, já nos anos 90! Não era muito avançado tecnológicamente: n tinha auto-reverse, por exemplo. Mas quer o Walkman quer os auscultadores (de pendurar na cabeça) tinham um som excelente (para a época). A qualidade sonora da linha de Walkmans da Sony fazia a diferença, quer fossem os de entrada de gama, quer os de topo!

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  3. Eu quando comecei a trabalhar, nesse ano dei uma prenda a mim próprio, um walkman topo de gama da sony (bem, não era o topo mesmo, havia um mais caro 5 contos, mas só dava mesmo para tocar cassetes e a pilha durava 45h).
    Era uma autentica aparelhagem, tinha FM/AM digital com memórias, autoreverse A/B ou infinito, totalmente automático (não tinha teclas normais de pressionar), tinha comando nos auscutadores (daí a vantagem do automático), procurava avançava músicas na cassete, era a bateria (tipo partilha elástica) e usava uma só pilha AA se fosse preciso. Quando o comprei era para usar uma função que tinha: gravação!!! E gravava que era um mimo. Até controlo automático do volume de gravação/reprodução tinha!!! Custou-me 40 contos!!! Ainda o tenho, funciona e mostro orgulhosamente aos meus colegas, porque aquilo é pouco maior do que uma cassete!!!

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  4. Era sem dúvida uma forma diferente de ouvir música! Para ouvir novamente a gravação daquela música preferida tínhamos que esperar o rebobinar da fita, geralmente feito com um lápis enfiado no orifício da K7, para não gastar a pilha do walkman :)

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  5. Penso que o anúncio foi feito no dia em que o iPod fez 9 anos.
    Foram grandes tempos e grandes músicas.
    Parece-me que a música se tornounum produto descartável...

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  6. Também tenho um Walkman da Sony lá em casa, que funcionava perfeitamente, da última vez que experimentei!!
    O mesmo não se pode dizer do leitor de MiniDisc, infelizmente :P

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