2011/12/09

Consequências dos Carros sem Condutor


Não é segredo que o Google tem impulsionado a tecnologia dos automóveis autónomos sem condutor, com milhares de quilómetros realizados em estradas públicas e quase sem incidentes. (Ver um carro a conduzir sozinho é ainda algo que - pelo menos a mim - me deixa... maravilhado)

E agora, surge um artigo que nos faz pensar num futuro onde tais veículos sejam uma realidade, e nas consequências que isso poderá ter na forma como nos movimentamos, e na própria sociedade.

Com um carro que se pode movimentar sozinho e nos levar ao destino e regressar sem necessidade de condutor, qual a justificação para que uma família tenha mais que um automóvel? Um automóvel poderia facilmente levar uma das pessoas ao trabalho, regressar, e levar a outra.

O exemplo dado é o da aviação, onde um avião tem que estar constantemente em utilização, já que estar parado significa que não está a render. Na aviação um avião está em utilização praticamente durante todo o seu tempo de vida; nos automóveis, a maioria das pessoas apenas o utilizará menos de 5%.
(Algo que nos faz pensar ainda mais no contra-senso que é todos terem automóvel, que passa a maior parte do tempo estacionado à porta de casa e do emprego...)

Mais do que um automóvel autónomo por família, seria igualmente possível que existissem apenas alguns, por condomínio, que fossem partilhados entre todos - ou até serviços de transportes globais, capazes de suportar as exigências de pedidos durante os períodos de pico, e que nos períodos baixos seriam utilizados para transportes, etc.

Sem necessidade de espaço para estacionar à porta do emprego ou nas cidades, e tudo fluindo de forma eficiente, não mais haveria longas filas de pára-arranca, e as pessoas estariam novamente no centro das atenções.

No preciso momento em que um utilizador fizesse um pedido para ser transportado do local X para o destino Y (no seu smartphone ou tablet), poderia ver imediatamente quantos minutos faltariam para que um automóvel fosse ter consigo, e exactamente a que horas chegaria ao seu destino - sem necessidade de chatices ou complicações adicionais.


... Quanto à condução por prazer, que não deverá ser descurada... passaria a estar disponível em locais apropriados para o efeito - sendo que já hoje, afinal, não deveria ser feita nas vias públicas.

Considerando a quantidade assustadora de pessoas que vejo continuamente a conduzir enquanto falam ao telemóvel e até vão a escrever SMS, zigzagueando pela estrada, acho que só é pena que este futuro esteja ainda a longas décadas de distância!

5 comentários:

  1. Isto é a frase chave e futurística:

    "No preciso momento em que um utilizador fizesse um pedido para ser transportado do local X para o destino Y (no seu smartphone ou tablet), poderia ver imediatamente quantos minutos faltariam para que um automóvel fosse ter consigo, e exactamente a que horas chegaria ao seu destino - sem necessidade de chatices ou complicações adicionais."

    O sonho aproxima-se...... :)

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  2. Ena pá, alguém descobriu a lógica dos transportes públicos...

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  3. @Pedro

    Faltou-te uma "pequena" diferença: transportes público... pessoais! E que funcionam em qualquer ponto do território.

    Um autocarro ou comboio não te leva de casa ao emprego ponto-a-ponto directamente. Para uma grande parte da população, nem sequer terá acesso a eles (basta saires uma dúzia de Km dos centros urbanos, e verás que as opções reduzem-se a... zero?)

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  4. Realmente as vantagens são imensas nesse tipo de transporte público/pessoais
    - eficiência energética através de percursos calculados, comunicação entre veículos, condução estável.
    - maior rapidez de transporte e maior produtividade pelo aumento do tempo disponível para outras atividades.
    - libertava espaço na via pois haveriam muito menos carros estacionados
    - redução de gastos com a manutenção do pavimento, pois as vias seriam utilizadas com mais eficiência e sem tantos carros parados, não seriam necessário a mesma quantidade de metros quadrados.
    - poupanças nos seguros automóveis e vidas humanas
    - vantagens para pessoas que não podem conduzir não depender de outra pessoa, como por exemplo pessoas idosas, com pouca mobilidade, ou menores de idade.
    - etc

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  5. Outra consequência fantástica será o fim dos taxistas que são um perigo para os outros carros e para quem anda a pé.

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