2011/12/26

Programação do "Outro Mundo" em Another World


Hoje em dia será difícil encontrar jogos para PC que não ocupem gigabytes... Mas há 20 anos atrás, as coisas eram bem diferentes, e agora ficamos a conhecer um pouco mais sobre os segredos que se escondem por trás do clássico "Another World" de Eric Chahi.

Um jogo "cinematográfico" que surpreendeu tudo e todos na altura... (quando chegava a altura de se jogar, pensavamos que ainda estavamos a ver o filme introdutório)... E que agora, graças ao reverse engineering, se ficou a saber que era possível graças a uma pequena máquina virtual que simplificou todo o processo de correr o jogo nas mais variadas plataformas: Commodore Amiga, Atari ST, PC, SNES, MegaDrive, e mais recentemente até no iOS!


Convém referir que se está a falar de um jogo que cabia numa única disquete, e numa altura em que 1MB de RAM era "uma fartura".

Graças a este sistema, Eric Chahi fez o seu jogo numa linguagem "bytecode" própria, contendo os poligonos e as animações pretendidas, que depois poderia facilmente ser transportado para qualquer sistema: bastando criar a máquina virtual que os interpretasse em cada plataforma diferente. Com o avanço das capacidades, foram também introduzidas algumas "batotas", como a possibilidade de carregar imagens de fundo em vez de serem desenhadas com recurso a polígonos.

Mas... seja como for, um tributo bem merecido a uma época onde os jogos representavam muitas das vezes as proezas técnicas da programação dos seus criadores... Ao contrário do que acontece hoje em dia, que se recorrem a "3D engines" e onde cada vez mais o ênfase recai sobre tudo menos a parte técnica...


2 comentários:

  1. Espectacular! :o)
    Nao tinha ideia que o jogo era assim tao pequeno (nunca cheguei ao fim heheh).

    ResponderEliminar
  2. Bem, as horas que eu gastei a jogar este jogo no meu Amiga 500... Sem dúvida um dos melhores jogos dos anos 90.

    ResponderEliminar