2012/09/22

Como o Google faz os seus Mapas


Com a questão dos mapas no  novo iOS6 e a inevitável comparação com os mapas do Google, será interessante espreitar aquilo que se passa nos bastidores, e ver todo o trabalho envolvido na criação dos Google Maps que todos gostamos.

Um processo que envolve recolher a maior quantidade de dados possíveis, do maior número de fontes, para depois os relacionar e obter um resultado superior à soma de todas as partes envolvidas. Na base de tudo estão os mapas topográficos e das estradas, disponibilizados pelos governos, diversas organizações e empresas, assim como as imagens aéreas e de satélite.

Mas, o Google possui também um grande trunfo multifuncional... a sua frota de veículos do Streetview. Veículos esses que não só validam e actualizam as rotas, como também capturam imagens a 360º dos locais por onde passam... e não se pense que essas imagens servem apenas para o Streetview. Pelo contrário, são 20 petabytes de informação extra que vão sendo recolhidos a cada duas semanas, e que são analizadas e dissecadas em pormenor por ferramentas automatizadas do Google.


Graças a todos este manacial de informação, o Google consegue analisar as placas e sinais de trânsito que constam nessas imagens, e usá-las para compilar automaticamente todo o tipo de informação que seria praticamente impossível de fazer a esta escala, com esta frequência. Indicações de velocidade, sentidos proibidos, e até fazer o reconhecimento de texto (nomes das ruas, número das portas)... e reconhecimento de imagens (por exemplo, reconhecer o logotipo de um McDonalds para assinalar que potencialmente ali existe um dos seus estabelecimentos!)

Sem dúvida... uma operação a uma escala que se torna difícil de igualar pela concorrência.

Talvez por isso, não seja má ideia levar a sério aquilo que eles dizem ainda em tom de "brincadeira", de que daqui por umas décadas o Google será conhecido pela empresa que criou os automóveis que não precisam de condutor (em grande parte possível graças a todo este trabalho que tem sido feito)... e que por acaso até também tem um motor de pesquisa na internet.

4 comentários:

  1. Acho que a Apple incorreu num grande erro ao "desprezar" os mapas da Google.

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  2. Como feliz proprietário de um iPad com iOS 6 com Mapas/Apple e de iPhone com iOS 5x (à espera do jailbreak do iOs 6) com Mapas/Google, quando li o teu post sobre "pontos de interesse perto de si" fui comparar num caso e noutro.

    É muito engraçado. Quando se pesquisa por restaurante ou outro tipo de estabelecimento no Mapas/Google aparecem bastantes mais.

    No Mapas/Apple, que começou agora, aparecem menos. A piada está em que aparecem por zonas geográficas restritas. O angariador associado à Apple já passou por lá e angariou uns tantos.

    Isto vai ser é uma chatice para os donos de estabelecimentos - em vez de terem que pagar só à Google para aparecerem nas pesquisas dos Mapas/Google vão ter que pagar também para aparecer nas pesquisas Mapas/Apple.

    Entretanto a Nokia diz que não tem nada disso (anúncios) na sua app de mapas. Pobretes mas honrados.

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  3. A minha HP Deskjet F2290 vê-se aflita pra digitalizar uma folha A4 e estes tipos fazem um scan à escala planetária!
    Ora isto dá ... 3 x 9 vinte sete, noves fora... eh pá, perdi-me nas contas de conversão da área de uma folha A4 para os 510 000 000 de quilómetros quadrados de superfície da Terra!

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