2012/11/25

Defesa Anti-Missil Iron Dome de Israel


Há um velho ditado que diz: "Espera o melhor, mas prepara-te para o pior", e isso é algo que infelizmente tem que ser levado à letra nas situações de conflitos militares. Seria bom que todos os países do planeta tivessem real noção de que todos vivemos num pequeno grão de pó que percorre a galáxia em que nos encontramos... mas até que isso aconteça, milhares e milhares de pessoas perdem a vida estupidamente.

Infelizmente, isso quer também dizer que se dedicam recursos imensos ao desenvolvimento de material bélico tecnologicamente impressionante (aliás, muitos dos avanços tecnológicos têm sido conseguidos à custa dos fundos para desenvolvimentos de armamento).

Veja-se o caso do sistema de defesa anti-rocket Iron Dome que Israel utiliza para se defender dos rockets.

Este sistema não é o único, nem o primeiro do seu tipo: já existem sistemas anti-morteiro como o Phalanx, e sistemas anti-mísseis como os famosos Patriot ou os Arrow. O primeiro é uma metralhadora de alta velocidade, capaz de disparar até 75 projecteis por segundo(!) e criar uma autêntica chuva de balas que tenta abater qualquer tipo de projectil ou objecto que se aproxime:



Os Arrows são misseis anti-missil, que na prática equivalem a ter que se acertar numa "bala" com outra "bala".

O problema é que enquanto os primeiros oferecem um proteção de muito curto alcance, os segundos necessitam de ter bastante tempo para calcular e atingir o seu alvo. Algo que deixa vulnerável ataques de rockets em distâncias intermédias. Este Iron Dome é um sistema que pode ser usado contra ataques onde o rocket tem apenas entre 15 a 40 segundos de vôo.

É portanto um sistema que tem que detectar, calcular, e reagir de forma quase imediata - e que nos faz imaginar a complexidade de todos os sistemas envolvidos (e também o seu custo!) Enquanto que um rocket básico custa cerca de $1000 dólares, um dos misseis deste sistema custa cerca de $40000. Mas como sempre... se o objectivo é salvar vidas, não há "preço" que não se justifique (embora, novamente... dê que pensar se todas estas fortunas fossem direccionadas para áreas mais produtivas e pacíficas).

4 comentários:

  1. O custo é 1 : 40, isto se não tiverem que disparar vários mísseis contra um rocket. É ruinoso para Israel.
    Isso de não se fazer contas ao preço de uma vida humana não é bem assim. Até para escolher os rails de protecção nas autoestradas se faz contas - com rails mais eficientes poupava-se x vidas, mas gastava-se mais x milhões, logo ... escolhem-se uns mais baratos ou não se põe nada.

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    1. Num orçamento de 15 mil milhões, talvez não seja assim tão relevante.

      O que a mim me assusta mais é nós gastarmos em percentagem do PIB tanto como a China, ou a Turquia.
      http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_military_expenditures

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    2. Como é que em Portugal, para 2012, o orçamento do Ministério da Defesa, de € 2052,7 milhões (= $2647,4 milhões) passa para despesas militares nesse ano de $5213,0 milhões ? Passaram para o dobro como ? Isso aí tem coisa.

      http://dre.pt/pdf1s/2011/12/25001/0004800244.pdf

      Quanto aos rockets é assim. Em 3 dias, antes do cessar fogo, foram disparados 550 rockets contra Israel. Dum lado gastaram 550.000 dólares, em rockets, do outro entre 22 milhões e 110 milhões, em mísseis. Estamos a falar de 3 dias. Prolonga por um mês e vê se faz mossa ou não (por enquanto há cessar-fogo, se acabar há invasão terrestre - mas o dinheiro conta sempre, mesmo que o orçamento seja alto).

      http://blog.foreignpolicy.com/posts/2012/11/16/how_hamas_is_winning_the_rocket_war

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