Como Funciona o Fogo de Artifício

A passagem de ano para muitos é sinónimo de majestosos fogos de artifício. Hoje em dia já se criam espectáculos de fogo de artifício incrivelmente complexos, mas... como é que isso é feito?

Há cerca de 2000 anos, na China, foi produzida pela primeira vez a pólvora. Ainda sem fazer ideia do impacto que essa descoberta viria a ter, um alquimista chinês misturou salitre, enxofre e carvão, e aqueceu essa mistura. Resultou daí um pó negro que quando queimado provocava uma grande fumaça e chamas. Originalmente deram-lhe o nome de huo yao, ou fogo químico. Muitos anos depois à descoberta da pólvora e ao seu uso para fogo de artificio foi lhe adicionado magnésio e alumínio que faziam aumentar ainda mais o brilho. E ao longo do tempo, novos materiais foram sendo adicionados com o objectivo de lhe dar diferentes cores:

• estrôncio ou lítio = vermelho;
• bário = verde;
• sódio ou cálcio = amarelo;
• cobre ou potássio = azul;
• ferro = dourado.

Com a evolução da tecnologia, para além das cores, foi-se também controlando a própria forma originadas pelas explosões. Na figura seguinte está demonstrado como é a constituição de um fogo de artificio que irá provocar uma forma de estrela no céu:



Com a combinação das estrelas dentro do invólucro e de explosões múltiplos, actualmente conseguimos criar fogos de artificio com diferentes formas, com diferentes fases de explosão e até diferentes cores.

Mas, apesar de toda a tecnologia envolvida hoje em dia neste tipo de espectáculos, o vídeo a seguir demonstra quando algo corre mal e um espectáculo que deveria demorar uns longos minutos se traduz em meros segundos:



[por Pedro Cabido]